Summary: | O artigo reflete sobre a linguagem na interação humana como espaço de observação e de relações de sentidos. Relações que se estabelecem pelo confronto da própria linguagem, espelhando o sujeito pela realidade. Assim, foram caracterizados os usos da linguagem-poder, abordando no clássico Vidas Secas os seus elementos e os aspectos histórico, cultural e identitário do nordestino, considerando a perspectiva da resistência pelo viés da luta social e os ecos dessa obra literária no contemporâneo, através da releitura por alunos sertanejos, do ensino médio. Concluiu-se que as estruturas do poder estão na base da linguagem, submetendo o indivíduo usuário da língua a regimes que se alternam em prisão e liberdade e que a resistência a seca e suas implicações se dão para além da sobrevivência, se firmando como um gesto de subjetivação política, poder maior contra qualquer dominação.
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