Para além das Vidas Secas, resistência: linguagem-poder

O artigo reflete sobre a linguagem na interação humana como espaço de observação e de relações de sentidos. Relações que se estabelecem pelo confronto da própria linguagem, espelhando o sujeito pela realidade. Assim, foram caracterizados os usos da linguagem-poder, abordando no clássico Vidas Secas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Teodulino Mangueira Rosendo
Format: Article
Language:English
Published: Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos 2017-11-01
Series:Domínios de Lingu@gem
Subjects:
Online Access:http://www.seer.ufu.br/index.php/dominiosdelinguagem/article/view/38213
Description
Summary:O artigo reflete sobre a linguagem na interação humana como espaço de observação e de relações de sentidos. Relações que se estabelecem pelo confronto da própria linguagem, espelhando o sujeito pela realidade. Assim, foram caracterizados os usos da linguagem-poder, abordando no clássico Vidas Secas os seus elementos e os aspectos histórico, cultural e identitário do nordestino, considerando a perspectiva da resistência pelo viés da luta social e os ecos dessa obra literária no contemporâneo, através da releitura por alunos sertanejos, do ensino médio. Concluiu-se que as estruturas do poder estão na base da linguagem, submetendo o indivíduo usuário da língua a regimes que se alternam em prisão e liberdade e que a resistência a seca e suas implicações se dão para além da sobrevivência, se firmando como um gesto de subjetivação política, poder maior contra qualquer dominação.
ISSN:1980-5799