“Liberté, Égalité, Fraternité” − “eu”, “tu”, “nós”: o filosofar político de Fichte1

No ano de 2014, não só ocorreu o bicentenário da morte de Johann Gottlieb Fichte, mas também completou cem anos o começo da Primeira Guerra Mundial ou Grande Guerra, como ainda é denominada no ocidente. O desembarque dos aliados na Normandia completou cinquenta anos. Além disso, esse ano marcou os d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Günter Zöller
Format: Article
Language:English
Published: Editora Universitária Champagnat - PUCPRESS 2015-12-01
Series:Revista de Filosofia
Online Access:https://periodicos.pucpr.br/index.php/aurora/article/view/415
Description
Summary:No ano de 2014, não só ocorreu o bicentenário da morte de Johann Gottlieb Fichte, mas também completou cem anos o começo da Primeira Guerra Mundial ou Grande Guerra, como ainda é denominada no ocidente. O desembarque dos aliados na Normandia completou cinquenta anos. Além disso, esse ano marcou os doze séculos que nos separam, ou melhor, nos unem à morte de Carlos Magno e dois milênios à de Júlio César Otaviano, conhecido como Augusto — todos eles aniversários de grandes acontecimentos políticos e históricos que causaram mudanças profundas e consequências duradouras. Nessa constelação analista, parece oportuno tornar presente a morte de Fichte, em 29 de janeiro de 1814, o qual foi um pensador político nos moldes europeus. Com tal finalidade, a primeira parte desta conferência expõe o caráter político do filosofar de Fichte. A segunda parte investiga o cunho político de seu filosofar, remetendo-o ao tríplice lema da  Revolução Francesa — “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” —, ao qual é correlacionada a tríade fichtiana “Eu”, “Tu” e “Nós”. A parte final trata da posição e da função mediais e transitórias do político em Fichte, para quem o Estado nunca é um fim em si mesmo, mas apenas meio para um fim.
ISSN:0104-4443
1980-5934