Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca?
Introdução: Os Programas de Reabilitação Cardíaca ganharam enorme relevância na prevenção de doenças cardiovasculares constituindo um desafio assegurar a prática de exercício físico regular durante e após o fim do programa supervisionado. O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores que infl...
Main Authors: | , , , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Ordem dos Médicos
2013-12-01
|
Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1742 |
_version_ | 1811195476049920000 |
---|---|
author | Diogo Soares Sofia Viamonte Sandra Magalhães Maria Miguel Ribeiro Ana Barreira Preza Fernandes Severo Torres |
author_facet | Diogo Soares Sofia Viamonte Sandra Magalhães Maria Miguel Ribeiro Ana Barreira Preza Fernandes Severo Torres |
author_sort | Diogo Soares |
collection | DOAJ |
description |
Introdução: Os Programas de Reabilitação Cardíaca ganharam enorme relevância na prevenção de doenças cardiovasculares constituindo um desafio assegurar a prática de exercício físico regular durante e após o fim do programa supervisionado. O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores que influenciam os hábitos de atividade física 12 meses após um Programa de Reabilitação Cardíaca.
Material e Métodos: Estudo prospetivo abrangendo 580 doentes com cardiopatia isquémica consecutivamente orientados para Programas de Reabilitação Cardíaca na Unidade de Reabilitação Cardiovascular do Centro Hospitalar do Porto, entre Janeiro de 2008 e Junho de 2011. Avaliaram-se os níveis de atividade física através do International Physical Activity Questionnaire realizado no início do programa, aos 3 e 12 meses depois. Foram testados como potenciais determinantes dos hábitos de atividade física a longo prazo: idade; sexo; fatores de risco modificáveis; capacidade funcional (alcançada em prova de esforço); análises laboratoriais (HbA1c, perfil lipídico, Proteína C Reativa e Peptideo Natriurético Cerebral). Realizou-se análise de regressão linear para identificar os preditores significativos e encontrar o melhor ajuste do modelo.
Resultados: A idade avançada, género feminino, a capacidade funcional, níveis de atividade física baixos previamente ao Programa de Reabilitação Cardíaca e uma fraca evolução do International Physical Activity Questionnaire durante o programa foram os melhores preditores univariáveis de uma evolução menos favorável do International Physical Activity Questionnaire nos 12 meses de follow-up. A análise de regressão linear multivariável concluiu que o melhor modelo explicativo incluía: idade, género, evolução do IPAQ no programa (R2 ajust = 0,318; f = 60,62; p < 0,001).
Conclusão: A identificação de subgrupos de doentes com menor tendência à prática de atividade física permite desenvolver estratégias individualizadas, maximizando o potencial terapêutico e preventivo dos Programas de Reabilitação Cardíaca.
|
first_indexed | 2024-04-12T00:43:53Z |
format | Article |
id | doaj.art-9932dd0dfbdf424ab09ae298c89aa7ef |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0870-399X 1646-0758 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-12T00:43:53Z |
publishDate | 2013-12-01 |
publisher | Ordem dos Médicos |
record_format | Article |
series | Acta Médica Portuguesa |
spelling | doaj.art-9932dd0dfbdf424ab09ae298c89aa7ef2022-12-22T03:54:55ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582013-12-0126610.20344/amp.1742Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca?Diogo Soares0Sofia Viamonte1Sandra Magalhães2Maria Miguel Ribeiro3Ana Barreira4Preza Fernandes5Severo Torres6Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Fisiatria. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Cardiologia. Centro Hospitalar do Porto. Porto. Portugal. Introdução: Os Programas de Reabilitação Cardíaca ganharam enorme relevância na prevenção de doenças cardiovasculares constituindo um desafio assegurar a prática de exercício físico regular durante e após o fim do programa supervisionado. O objetivo deste trabalho foi determinar os fatores que influenciam os hábitos de atividade física 12 meses após um Programa de Reabilitação Cardíaca. Material e Métodos: Estudo prospetivo abrangendo 580 doentes com cardiopatia isquémica consecutivamente orientados para Programas de Reabilitação Cardíaca na Unidade de Reabilitação Cardiovascular do Centro Hospitalar do Porto, entre Janeiro de 2008 e Junho de 2011. Avaliaram-se os níveis de atividade física através do International Physical Activity Questionnaire realizado no início do programa, aos 3 e 12 meses depois. Foram testados como potenciais determinantes dos hábitos de atividade física a longo prazo: idade; sexo; fatores de risco modificáveis; capacidade funcional (alcançada em prova de esforço); análises laboratoriais (HbA1c, perfil lipídico, Proteína C Reativa e Peptideo Natriurético Cerebral). Realizou-se análise de regressão linear para identificar os preditores significativos e encontrar o melhor ajuste do modelo. Resultados: A idade avançada, género feminino, a capacidade funcional, níveis de atividade física baixos previamente ao Programa de Reabilitação Cardíaca e uma fraca evolução do International Physical Activity Questionnaire durante o programa foram os melhores preditores univariáveis de uma evolução menos favorável do International Physical Activity Questionnaire nos 12 meses de follow-up. A análise de regressão linear multivariável concluiu que o melhor modelo explicativo incluía: idade, género, evolução do IPAQ no programa (R2 ajust = 0,318; f = 60,62; p < 0,001). Conclusão: A identificação de subgrupos de doentes com menor tendência à prática de atividade física permite desenvolver estratégias individualizadas, maximizando o potencial terapêutico e preventivo dos Programas de Reabilitação Cardíaca. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1742 |
spellingShingle | Diogo Soares Sofia Viamonte Sandra Magalhães Maria Miguel Ribeiro Ana Barreira Preza Fernandes Severo Torres Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? Acta Médica Portuguesa |
title | Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? |
title_full | Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? |
title_fullStr | Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? |
title_full_unstemmed | Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? |
title_short | Que Fatores Determinam os Níveis de Atividade Física após Programa de Reabilitação Cardíaca? |
title_sort | que fatores determinam os niveis de atividade fisica apos programa de reabilitacao cardiaca |
url | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/1742 |
work_keys_str_mv | AT diogosoares quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT sofiaviamonte quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT sandramagalhaes quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT mariamiguelribeiro quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT anabarreira quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT prezafernandes quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca AT severotorres quefatoresdeterminamosniveisdeatividadefisicaaposprogramadereabilitacaocardiaca |