Biodiversidade no estuário do Saco da Fazenda, Itajaí-SC
Os estuários se caracterizam por apresentar uma elevada produtividade biológica como áreas vitais da alimentação, reprodução, cuidado e atração para uma grande diversidade de organismos. Mas o aumento da ocupação humana associado à exploração econômica intensiva causou um aumento gradual da degrada...
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Format: | Article |
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Published: |
Centro Universitário São Camilo
2011-01-01
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author | Joaquim Olinto Branco Felipe Freitas Júnior Hélio Augusto Alves Fracasso Edison Barbieri |
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Os estuários se caracterizam por apresentar uma elevada produtividade biológica como áreas vitais da alimentação, reprodução, cuidado e
atração para uma grande diversidade de organismos. Mas o aumento da ocupação humana associado à exploração econômica intensiva causou um
aumento gradual da degradação do habitat destas áreas. Saco da Fazenda (Itajaí, Santa Catarina) sofre de intenso impacto antrópico, recebendo águas
de esgoto doméstico, resíduos sólidos, e atividades de dragagem. O objetivo deste trabalho foi analisar a composição quali-quantitativa dos crustáceos,
peixes e pássaros, e os impactos prováveis das atividades de dragagem em suas espécies. 51 espécies, 42 gêneros e 23 famílias compuseram a ictiofauna,
sendo o salmonete branco, Mugil curema, a espécie mais abundante em 2001-2002 e em 2003-2005, enquanto a anchova, Lycengraulis grossidens,
e a carapeba, Diapteurs rhombeus, foram dominantes em 2000-2001 e em 2002-2003 respectivamente. Os caranguejos e camarões verdadeiros se
distribuem entre cinco famílias e dez espécies, e a mais abundante é a Callinectes danae. Os caranguejos foram representados por cinco espécies e duas
famílias, sendo Uca uruguayensis a espécie mais abundante. As aves foram caracterizadas por 50 espécies, sendo sete classificadas como aves litorâneas,
39 aves de hábitos limícolas e quatro espécie habitantes ou visitantes da Floresta Atlântica. As famílias Ardeidae, Scolopacidae, Laridae e Charadriidae
contribuíram com 64,0% das espécies, sendo a Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) e a Larus dominicanus, Lichtenstein 1823 predominantes.
Apesar da degradação bêntica do habitat e da mortalidade de espécimes Ariidae, Paralichthydae e Portunidae durante o período de atividades de
dragagem, foi observado um aumento na abundância e riqueza de espécies após a realização destas atividades, associada provavelmente ao aumento
da profundidade, que melhorou os padrões locais de circulação da água, favorecendo assim a entrada de peixes e crustáceos no ecossistema.
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spelling | doaj.art-99888926d57a475c9aee134b548e0e4c2023-10-05T21:26:15ZengCentro Universitário São CamiloO Mundo da Saúde0104-78091980-39902011-01-01351Biodiversidade no estuário do Saco da Fazenda, Itajaí-SCJoaquim Olinto Branco0Felipe Freitas Júnior1Hélio Augusto Alves Fracasso2Edison Barbieri3Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí-SCUniversidade do Vale do Itajaí, Itajaí-SCUniversidade do Vale do Itajaí, Itajaí-SCDoutor em Oceanografia pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo. Pesquisador e Professor do Instituto de Pesca – APTA – SAA. Cananeia, São Paulo, Brasil Os estuários se caracterizam por apresentar uma elevada produtividade biológica como áreas vitais da alimentação, reprodução, cuidado e atração para uma grande diversidade de organismos. Mas o aumento da ocupação humana associado à exploração econômica intensiva causou um aumento gradual da degradação do habitat destas áreas. Saco da Fazenda (Itajaí, Santa Catarina) sofre de intenso impacto antrópico, recebendo águas de esgoto doméstico, resíduos sólidos, e atividades de dragagem. O objetivo deste trabalho foi analisar a composição quali-quantitativa dos crustáceos, peixes e pássaros, e os impactos prováveis das atividades de dragagem em suas espécies. 51 espécies, 42 gêneros e 23 famílias compuseram a ictiofauna, sendo o salmonete branco, Mugil curema, a espécie mais abundante em 2001-2002 e em 2003-2005, enquanto a anchova, Lycengraulis grossidens, e a carapeba, Diapteurs rhombeus, foram dominantes em 2000-2001 e em 2002-2003 respectivamente. Os caranguejos e camarões verdadeiros se distribuem entre cinco famílias e dez espécies, e a mais abundante é a Callinectes danae. Os caranguejos foram representados por cinco espécies e duas famílias, sendo Uca uruguayensis a espécie mais abundante. As aves foram caracterizadas por 50 espécies, sendo sete classificadas como aves litorâneas, 39 aves de hábitos limícolas e quatro espécie habitantes ou visitantes da Floresta Atlântica. As famílias Ardeidae, Scolopacidae, Laridae e Charadriidae contribuíram com 64,0% das espécies, sendo a Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) e a Larus dominicanus, Lichtenstein 1823 predominantes. Apesar da degradação bêntica do habitat e da mortalidade de espécimes Ariidae, Paralichthydae e Portunidae durante o período de atividades de dragagem, foi observado um aumento na abundância e riqueza de espécies após a realização destas atividades, associada provavelmente ao aumento da profundidade, que melhorou os padrões locais de circulação da água, favorecendo assim a entrada de peixes e crustáceos no ecossistema. https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/570Biodiversidade. Impacto ambiental. Solo - ocupação. |
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