ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa causada pelo protozoário do gênero Leishmania. Surtos dessa doença são desencadeados pela combinação de fatores biológicos, climáticos e sociais. O desequilíbrio de habitats naturais tem contribuído para o surgimento de novos focos de...
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Faculdades Nova Esperança
2020-12-01
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author | Daniel Meira Nóbrega de Lima Maurus Marques de Almeida Holanda |
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description | A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma doença infecciosa causada pelo protozoário do gênero Leishmania. Surtos dessa doença são desencadeados pela combinação de fatores biológicos, climáticos e sociais. O desequilíbrio de habitats naturais tem contribuído para o surgimento de novos focos de transmissão da LTA e para a modificação dos padrões epidemiológicos. Os padrões epidemiológicos da LTA, no Nordeste do Brasil, precisam ser melhores descritos. O objetivo desta pesquisa foi traçar o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, no Nordeste, no período de 2007 a 2018. Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter descritivo e retrospectivo, realizado através dos registros do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), e dos dados demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A partir de 77.030 fichas de notificação, observou-se que a maior parte dos casos ocorreu entre pessoas do sexo masculino (62,9%), de cor de pele parda (70,2%), de baixa escolaridade (86,5%) e faixa etária dos 20-59 anos (56,2%). A maior parte dos casos que evoluíram para cura (94,5%) era não-recidivantes (95,4%), autóctones do município de residência (92,7%), de forma clínica cutânea (96,6%) e foram diagnosticados a partir de exames laboratoriais (68,6%). As capitais corresponderam a apenas 1,303% das notificações e os estados da Bahia e Maranhão são responsáveis por 78,536% das fichas de notificação. De 2007 a 2018 houve redução de 39,6% na taxa de incidência de LTA na região Nordeste. A taxa de incidência média dos últimos anos foi de 11,65 casos por 100.000 habitantes. |
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