Crescimento demoeconômico no Antropoceno e negacionismo demográfico

O mundo experimentou, nos últimos 250 anos, um crescimento econômico e demográfico, de tal ordem, que degradou a maioria dos ecossistemas do Planeta, provocou a perda de biodiversidade e desestabilizou o clima que havia apresentado uma impressionante estabilidade no Holoceno. Assim, gestou-se uma no...

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Main Author: José Eustáquio Diniz Alves
Format: Article
Language:English
Published: Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJ 2022-05-01
Series:Liinc em Revista
Subjects:
Online Access:https://revista.ibict.br/liinc/article/view/5942
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spelling doaj.art-9a8b1c501ac441b8a32cc82dad87cd142025-02-04T20:13:26ZengPrograma de Pós-Graduação em Ciência da Informação Ibict/UFRJLiinc em Revista1808-35362022-05-01181e5942e594210.18617/liinc.v18i1.59428369Crescimento demoeconômico no Antropoceno e negacionismo demográficoJosé Eustáquio Diniz Alves0https://orcid.org/0000-0001-6095-9668Pesquisador aposentado, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Rio de Janeiro, RJ, BrasilO mundo experimentou, nos últimos 250 anos, um crescimento econômico e demográfico, de tal ordem, que degradou a maioria dos ecossistemas do Planeta, provocou a perda de biodiversidade e desestabilizou o clima que havia apresentado uma impressionante estabilidade no Holoceno. Assim, gestou-se uma nova Era geológica, o Antropoceno, época em que as atividades antrópicas se constituem em uma força tão poderosa que tem sido capaz de sobrepassar a capacidade de carga da Terra. O objetivo deste artigo é mostrar como o impacto do crescimento econômico e demográfico influiu na sobrecarga ambiental e na elevação das emissões de carbono, que são vetores inequívocos do agravamento da crise climática e ambiental. Para tanto será utilizado, por um lado, a metodologia que relaciona a Pegada Ecológica e a Biocapacidade da Terra para mensurar, tanto o déficit ecológico global, quanto o déficit por categorias de renda. Por outro lado, serão avaliadas as correlações entre as emissões de CO2, a temperatura global e o crescimento da economia e da população. Ao contrário do que opinam os céticos e negacionistas, o artigo reforça o entendimento de que o aumento das atividades humanas sobre o meio ambiente, principalmente nos últimos 70 anos, tem rompido os limites das fronteiras planetárias. E, embora o aumento do volume global da produção de bens e serviços deva ser considerado o principal fator desestabilizador do Sistema Terra, não se pode desconsiderar a contribuição do crescimento demográfico para a ampliação do déficit ecológico globalhttps://revista.ibict.br/liinc/article/view/5942populaçãoaquecimento globalpegada ecológicabiocapacidadedecrescimento demoeconômico
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