| Summary: | O texto é resultado das reflexões realizadas pelos autores com vistas a fundamentar a pesquisa que deu origem à dissertação defendida por Torres (2004) e da ampliação da discussão de alguns dados e conclusões a que aquele estudo conduziu. O estudo de Torres constituiu-se de uma pesquisa com foco na dimensão pedagógica do trabalho escolar, analisando como os professores percebem, em seu cotidiano de trabalho, os impactos da progressão continuada. Nesta pesquisa, de caráter exploratório, utilizou-se metodologia qualitativa, com uso de questionário e entrevista como instrumentos de coleta de dados. Participaram do estudo 39 professores do ensino fundamental da rede pública estadual de ensino de São Paulo. Todos responderam ao questionário e seis foram entrevistados. A ênfase do estudo recai nas políticas educacionais implantadas pelo governo paulista no marco da reforma educacional da década de 1990. A partir dos dados coletados, desenvolve-se uma discussão sobre como as mudanças introduzidas pela reforma produzem alterações no fazer pedagógico dos professores. Após a discussão dos obstáculos que se apresentaram à implementação da progressão continuada, especialmente os que repercutiram no trabalho docente, conclui-se que os docentes, sujeitos da pesquisa, aprovam a progressão continuada, ainda que apontem equívocos na sua implementação pelas autoridades responsáveis.
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