A política de informática na educação brasileira: do nacionalismo ao neoliberalismo

Este artigo, síntese de uma tese de doutoramento, compreende a análise histórica da política de informática na educação brasileira, bem como as principais experiências na rede pública de 1° e 2° graus até 1995. O estudo empreendido orientou-se metodologicamente por uma abordagem crítica e reflexiva...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Raquel de Almeida Moraes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 1999-12-01
Series:Linhas Críticas
Subjects:
Online Access:https://periodicos.unb.br/index.php/linhascriticas/article/view/2750
Description
Summary:Este artigo, síntese de uma tese de doutoramento, compreende a análise histórica da política de informática na educação brasileira, bem como as principais experiências na rede pública de 1° e 2° graus até 1995. O estudo empreendido orientou-se metodologicamente por uma abordagem crítica e reflexiva, analisando o objeto de estudo nas inter-relações econômicas, políticas e socioculturais das quais é parte integrante. O argumento central da tese é que, se não houve até o momento uma capacitação mais democrática quanto às novas tecnologias, é porque não interessa ao Estado e ao mercado globalizado conviver com a maioria da população efetivamente instruída. O saber é, historicamente, posse de uma elite; sob o capital, a informática - e as novas tecnologias em seu conjunto - é meio de produção, instrumento de poder, guerra e ideologia, e, sob o capitalismo, um conhecimento estruturalmente desempregador, fenômeno cada vez mais crescente nas economias capitalistas dominantes e periféricas, como o Brasil. O que se avizinha no horizonte neoliberal não parece superar essa tendência. É necessário construir uma contra-hegemonia, reorientando o uso político, econômico e cultural das novas tecnologias em favor das maiorias.
ISSN:1516-4896
1981-0431