Summary: | crise do capitalismo nos anos 70 do século passado trouxe os arautos do neoliberalismo como face renovada do modo de produção hegemônico. Não obstante, os reflexos impostos pelo (novo) modelo se impuseram a diferentes instâncias da sociedade, capitaneados pelos grandes organismos internacionais. À universidade coube se adaptar aos novos mecanismos de controle que a convocaram para um produtivismo alienante. Ao professor universitário restou uma corrida pelo “enriquecimento curricular” como única forma de vislumbrar ganhos salariais e fomento aos projetos de pesquisa e extensão. O tratado texto é, portanto, uma contribuição à reflexão sobre o lugar que o professor acadêmico ocupa neste cenário de competitividade extrema, bem como um pensar sobre as possibilidades que o estatuto epistemológico disponibiliza ao professor da Geografia, para fazer frente a essas determinações, transgredindo-a e transcendendo-a, contribuindo efetivamente com a formação de sujeitos autônomos e transformadores desse que ainda é um mundo horrível e cuja ciência é caminho fecundo e seguro para superá-lo.
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