O PROTAGONISMO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA COM O POVO KANINDÉ DE ARATUBA-CE

Esse artigo sobre o protagonismo da educação escolar indígena com o Povo Kanindé de Aratuba/CE é desdobramento de nossa experiência com dois projetos de iniciação científica PIBIC/FUNCAP e PIBI/UNLAB, realizado entre os anos de 2015 e 2017, nos quais, dialeticamente, analisamos as histórias da educa...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Roberto Kennedy Gomes Franco, Francisco Wallison Batista de Lima
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Laboratório de Estudos do Trabalho e Qualificação Profissional - LABOR 2018-11-01
Series:Revista Labor
Subjects:
Online Access:http://www.periodicos.ufc.br/labor/article/view/32781
Description
Summary:Esse artigo sobre o protagonismo da educação escolar indígena com o Povo Kanindé de Aratuba/CE é desdobramento de nossa experiência com dois projetos de iniciação científica PIBIC/FUNCAP e PIBI/UNLAB, realizado entre os anos de 2015 e 2017, nos quais, dialeticamente, analisamos as histórias da educação escolar indígena no Ceará como lugar de ancestralidade, interculturalidade e resistência étnica. A investigação se processa no âmbito do debate teórico-metodológico desenvolvido pelo campo interdisciplinar da História da Educação, ampliando sujeitos, temas e objetos. Metodologicamente, nos situamos na zona de interseção de fontes (orais, escritas e audiovisuais). Entretanto, o foco central são as narrativas do trabalho educativo desenvolvido pelos docentes e lideranças indígenas do Povo Kanindé de Aratuba/CE. Historicamente, a educação escolar indígena diferenciada, focada no respeito aos saberes ancestrais desses povos, tendo o bilinguismo, a interculturalidade e a especificidade enquanto sustentáculos essenciais do trabalho educativo, é fruto da luta e resistência dos movimentos sociais organizados dos povos indígenas. Estrategicamente, esta consciência étnica se faz na luta pela terra expropriada, que remonta ao processo brutal de genocídio e etnocídio em nome da fé e da ganância mercantilista colonial em diante, pela identidade negada, mas não apenas, este fazer-se, desigual e combinado, evidencia-se também como território de descolonização da educação escolar indígena, estabelecida por ampla legislação educacional pós-1988, com a Constituição.
ISSN:1983-5000