Summary: | O artigo analisa a política de avaliação em larga escala da educação básica no Brasil, problematizando a diferença de desempenho de estudantes das redes públicas e privadas, e no interior da primeira, com destaque para a rede federal de educação profissional e tecnológica. O curso da análise segue três eixos. O primeiro situa as políticas de avaliação educacional em larga escala face às influências da globalização na educação em nosso país, reconhecendo que, mesmo não perdendo por completo sua autonomia, os estados nacionais de capitalismo dependente se alinham às tendências internacionais. O segundo eixo discute tais avaliações no Ensino Médio, apresentando dados sobre quem são os participantes do Enem, com o intuito de verificar possíveis determinações socioeconômicas dos respectivos desempenhos. Finalmente, demonstra alguns parâmetros de qualidade do ensino que podem explicar as diferenças de desempenhos, confrontando-os com metas e estratégias do Plano Nacional de Educação que visam a melhoria dessa qualidade. Verifica-se o quanto a política educacional está subordinada às avaliações de larga escala e conclui-se sobre a possível inviabilidade de mudanças significativas desse quadro face ao novo regime fiscal instituído pela Emenda Constitucional n. 95/2016.
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