Nanofósseis Calcários da Área de Ressurgência de Cabo Frio, Brasil
Nanofósseis calcários são um grupo de microfósseis, com representantes viventes e um abundante registro fóssil nos sedimentos marinhos. A maioria das pesquisas voltadas para estes fósseis apresenta como foco regiões de mar profundo (talude e bacia oceânica). São de interesse para a indústria do pe...
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Format: | Article |
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Published: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
2013-01-01
|
Series: | Anuário do Instituto de Geociências |
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author | Deise de Oliveira Delfino Maria Dolores Wanderley |
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description | Nanofósseis calcários são um grupo de microfósseis, com representantes viventes e um abundante registro fóssil
nos sedimentos marinhos. A maioria das pesquisas voltadas para estes fósseis apresenta como foco regiões de mar
profundo (talude e bacia oceânica). São de interesse para a indústria do petróleo por sua aplicação em uma bioestratigrafia
de alta resolução e em reconstruções paleoambientais. No Brasil ainda são incipientes os esforços para estudos dos
nanofósseis nas áreas costeiras e de plataforma continental. O presente artigo tem por objetivo caracterizar a assembleia
de nanofósseis calcários presente em testemunhos da área de ressurgência costeira de Cabo Frio e avaliar seu potencial
como indicador paleoambiental na região. Para isto foram elaboradas lâminas com material do testemunho CF02-01B
(23º16’S e 41º48’W), que corresponde a 268 cm do perfil sedimentar da plataforma de Cabo Frio. Vinte e sete espécies
de nanofósseis calcários foram encontradas, sendo predominantes os táxons Emiliania huxleyi, Florisphaera profunda
e Gephyrocapsa oceanica. Com base no perfil de distribuição destes táxons e sua paleoecologia foi possível subdividir
os primeiros 151 cm do perfil sedimentar em quatro intervalos: 1 (~2800 a ~2300 anos AP) e 3 (~1800 a ~1000 anos
AP) representativos de períodos de fortalecimento do sistema de ressurgência na área com predomínio da atuação da
ACAS, menores temperaturas das águas superficiais, maiores taxas de nutrientes e aumento da produtividade; e 2 (~2300
a ~1800 anos AP) e 4 (~1000 a ~700 anos AP) representativos do enfraquecimento do sistema de ressurgência em Cabo
Frio, com predomínio da influência da CB, águas superficiais mais quentes, com poucos nutrientes e baixa produtividade.
Portanto, esta pesquisa ratificou a importância e eficiência do estudo dos nanofósseis calcários em regiões costeiras para
reconstruções paleoambientais. |
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