RELATO DE CASO: LINFOMA TESTICULAR COM SOBREVIDA LONGA E SEGUNDA NEOPLASIA
Introdução: Linfoma testicular primário representa 1% de todos os subtipos de linfoma e configura a principal neoplasia maligna testicular acima de 60 anos, tendo como principal tipo histológico Difuso de Grandes Células B (LDGCB). O tratamento se baseia em quimioterapia (QT), radioterapia (RT) do t...
Main Authors: | , , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
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Series: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923009082 |
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author | MA Goncalves AFC Vecina JR Assis MG Cliquet BN Nascimento JA Rena EAD Santos GMM Pascoal DR Spada |
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description | Introdução: Linfoma testicular primário representa 1% de todos os subtipos de linfoma e configura a principal neoplasia maligna testicular acima de 60 anos, tendo como principal tipo histológico Difuso de Grandes Células B (LDGCB). O tratamento se baseia em quimioterapia (QT), radioterapia (RT) do testículo contralateral e profilaxia do sistema nervoso central (SNC), e embora tenha havido melhora do prognóstico com incorporação do rituximabe à quimioterapia, aumentando a sobrevida global, possibilitou também o surgimento de 2ªneoplasia. Objetivo: descrever um caso de linfoma testicular com sobrevida longa e 2ª neoplasia. Relato do caso: C.A., masculino, 58 anos, previamente hígido, com aumento escrotal indolor e unilateral, sem sintomas B havia 6 meses, diagnosticado com LDGCB em 2015 após orquiectomia. A imunohistoquímica revelou Ki67 95%, CD20, CD10 e BCL2 positivos. Estadiamento com tomografias não denotou adenomegalias e não havia infiltração em biópsia de medula óssea. Portanto, tratava-se de LDGCB estadio IeA, GCB e IPI-R de baixo risco. Foi tratado com R-CHOP por 6 ciclos, associados a QT intratecal e RT em 15 sessões no testículo contralateral, com remissão completa evidenciada em PET-CT pós-tratamento. Em 2023 apresentou sintomas constitucionais associados a disfonia, com exame endoscópico evidenciando lesão polipoide laríngea, cuja biópsia confirmou diagnóstico de carcinoma espinocelular de cordas vocais, atualmente em RT. Mantém-se em remissão completa da doença hematológica. Discussão: Embora o linfoma testicular possa se associar ao acometimento de SNC, a maioria dos pacientes encontra-se, ao diagnóstico, com IPI de baixo risco, sem sintomas B, com doença localizada e edema testicular indolor unilateral que antecede o diagnóstico em 1-8 meses, sendo este normalmente realizado por orquiectomia. Atualmente recomenda-se QT com rituximabe e profilaxia de SNC, bem como RT do testículo contralateral. Embora desconheça-se a taxa de progressão para 2ªneoplasia, sabe-se que este risco é aumentado nestes pacientes, em decorrência da exposição quimio e radioterápica, como observado no caso relatado. |
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spelling | doaj.art-9e08d3b5dc5b478281f356da2c62b5852023-10-20T06:43:24ZengElsevierHematology, Transfusion and Cell Therapy2531-13792023-10-0145S385S386RELATO DE CASO: LINFOMA TESTICULAR COM SOBREVIDA LONGA E SEGUNDA NEOPLASIAMA Goncalves0AFC Vecina1JR Assis2MG Cliquet3BN Nascimento4JA Rena5EAD Santos6GMM Pascoal7DR Spada8Conjunto Hospitalar de Sorocaba (SES/SECONCI), Sorocaba, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilConjunto Hospitalar de Sorocaba (SES/SECONCI), Sorocaba, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilFaculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, BrasilIntrodução: Linfoma testicular primário representa 1% de todos os subtipos de linfoma e configura a principal neoplasia maligna testicular acima de 60 anos, tendo como principal tipo histológico Difuso de Grandes Células B (LDGCB). O tratamento se baseia em quimioterapia (QT), radioterapia (RT) do testículo contralateral e profilaxia do sistema nervoso central (SNC), e embora tenha havido melhora do prognóstico com incorporação do rituximabe à quimioterapia, aumentando a sobrevida global, possibilitou também o surgimento de 2ªneoplasia. Objetivo: descrever um caso de linfoma testicular com sobrevida longa e 2ª neoplasia. Relato do caso: C.A., masculino, 58 anos, previamente hígido, com aumento escrotal indolor e unilateral, sem sintomas B havia 6 meses, diagnosticado com LDGCB em 2015 após orquiectomia. A imunohistoquímica revelou Ki67 95%, CD20, CD10 e BCL2 positivos. Estadiamento com tomografias não denotou adenomegalias e não havia infiltração em biópsia de medula óssea. Portanto, tratava-se de LDGCB estadio IeA, GCB e IPI-R de baixo risco. Foi tratado com R-CHOP por 6 ciclos, associados a QT intratecal e RT em 15 sessões no testículo contralateral, com remissão completa evidenciada em PET-CT pós-tratamento. Em 2023 apresentou sintomas constitucionais associados a disfonia, com exame endoscópico evidenciando lesão polipoide laríngea, cuja biópsia confirmou diagnóstico de carcinoma espinocelular de cordas vocais, atualmente em RT. Mantém-se em remissão completa da doença hematológica. Discussão: Embora o linfoma testicular possa se associar ao acometimento de SNC, a maioria dos pacientes encontra-se, ao diagnóstico, com IPI de baixo risco, sem sintomas B, com doença localizada e edema testicular indolor unilateral que antecede o diagnóstico em 1-8 meses, sendo este normalmente realizado por orquiectomia. Atualmente recomenda-se QT com rituximabe e profilaxia de SNC, bem como RT do testículo contralateral. Embora desconheça-se a taxa de progressão para 2ªneoplasia, sabe-se que este risco é aumentado nestes pacientes, em decorrência da exposição quimio e radioterápica, como observado no caso relatado.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923009082 |
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