Nascer e garantir-se no Reino de Deus; Curitiba, séculos XVIII e XIX

A historiografia tem indicado a ausência de informações, nos registros paroquiais arrolados na América portuguesa, a respeito da idade em que as crianças eram batizadas. Trata-se de evidência documental característica até, pelo menos, as primeiras décadas dos oitocentos, o que tem compelido os espec...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marina Braga Carneiro, Paula Roberta Chagas, Sergio Odilon Nadalin
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Estudos Populacionais 2010-12-01
Series:Revista Brasileira de Estudos de População
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982010000200008&lng=en&tlng=en
Description
Summary:A historiografia tem indicado a ausência de informações, nos registros paroquiais arrolados na América portuguesa, a respeito da idade em que as crianças eram batizadas. Trata-se de evidência documental característica até, pelo menos, as primeiras décadas dos oitocentos, o que tem compelido os especialistas brasileiros em Demografia Histórica a considerarem a data do batismo como equivalente à do nascimento. Alguns vigários que exerceram seu ministério na Paróquia de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais de Curitiba, inusitadamente, anotaram esses dados nas atas concernentes aos anos de 1729 a 1763, calando-se novamente até 1836. Acompanhando uma tendência que parece ter se generalizado nas paróquias brasileiras no século XIX, a partir do ano seguinte (1837) a informação tornou-se corriqueira nas atas de catolicidade. Isso permitiu construir uma base de dados comparativa e realizar análises críticas a respeito do intervalo entre o nascimento e a data do batismo, tendo como fundo as disposições da Igreja (Constituições do Arcebispado da Bahia, 1707). Da mesma forma, é possível realizar algumas inferências relacionadas à importância assumida pelo Sacramento no imaginário da sociedade colonial.
ISSN:0102-3098