Efeito da temperatura e do armazenamento temporário na germinação de sementes de Archontophoenix alexandrae (Arecaceae).

A palmeira Archontophoenix alexandrae (F. Muell) H. Wendl. & Drude, originária da Austrália, é comumente conhecida como seafórcia e palmeira-real-australiana. Além do efeito ornamental e ampla utilização no paisagismo brasileiro, tem sido plantada em várias regiões visando produção de palmito do...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Kathia Fernandes Lopes Pivetta, Manuela Gonzalez, Ana Paula Penariol, Petterson Baptista da Luz, Amanda de Castro, Fernanda D’Andrea
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Floricultura e Plantas Ornamentais 2007-06-01
Series:Ornamental Horticulture
Subjects:
Online Access:https://rbho.emnuvens.com.br/rbho/article/view/1756
Description
Summary:A palmeira Archontophoenix alexandrae (F. Muell) H. Wendl. & Drude, originária da Austrália, é comumente conhecida como seafórcia e palmeira-real-australiana. Além do efeito ornamental e ampla utilização no paisagismo brasileiro, tem sido plantada em várias regiões visando produção de palmito doce.  A propagação dessa espécie é por meio de sementes, porém, embora seja uma palmeira de indiscutível importância, ainda há poucos estudos sobre o processo germinativo que é influenciado por vários fatores, entre esses, temperatura do ambiente e período entre a colheita e o armazenamento. Segundo Lorenzi et al. (2004), para a germinação de sementes de várias espécies de palmeiras, são consideradas favoráveis temperaturas entre 24° a 28ºC, com umidade relativa do ar de aproximadamente 70%. Já Meerow (1991) considera temperaturas entre 20º e 40ºC aceitáveis, ocorrendo melhores resultados entre 30º e 35ºC, para a maior parte das espécies. A conservação de sementes de palmeiras é problemática. Há um indicativo de que sejam recalcitrantes e esse comportamento já foi definido para Archontophoenix alexandrae (Martins et al., 2003; Stringheta et al., 2004). Analisando o armazenamento de A.alexandrae até 180 dias após a colheita, Stringheta et al. (2004) verificaram acentuada redução na germinação aos 90 dias de armazenamento. Estudando, também, a conservação de sementes de A. alexandrae, com teor de água inicial de 33%, armazenadas em condições não controladas e em câmara a 20ºC (UR = 70 a 82%), Castellani et al. (2001) verificaram que o armazenamento em câmara a 20ºC foi mais eficiente, mantendo em torno de 40% de germinação após 240 dias de armazenamento. No entanto, não há informações na literatura sobre o armazenamento temporário dessa espécie, ou seja, por quanto tempo as sementes se mantêm viáveis após a colheita. Graziano (1982) verificou que as sementes das palmeiras Euterpe edulis e Ptychosperma macarthurii, secas à sombra e acondicionadas em sacos de papel em condições ambientais, perderam viabilidade 21 dias após a colheita. Para Dictyosperma album, Pivetta et al. (2003) relataram que a porcentagem de germinação foi mais alta e a germinação foi mais rápida quando semeadas imediatamente após a colheita, diminuindo ao longo do período de 10 dias. Já para Thrinax parviflora, Pivetta et al. (2005) verificaram que as sementes germinaram mais lentamente quando semeadas logo após a colheita e mais rapidamente quando colocadas para germinar 6 e 7 dias após; as sementes armazenadas durante dez dias apresentaram 92% de germinação com valores máximos de germinação (94% para ambos) 4 e 5 dias após a colheita. A porcentagem de germinação por ocasião da colheita (68%) foi inferior à obtida após o armazenamento, mostrando que as sementes, quando colhidas, provavelmente ainda não tinham atingido o ponto de maturidade fisiológica. Baseado no exposto, este trabalho teve como objetivo estudar o efeito da temperatura e do armazenamento temporário na germinação de sementes de A. alexandrae.
ISSN:2447-536X