CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE DOAÇÃO E TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS
Objetivo: Avaliar o conhecimento de estudantes de Medicina sobre doação e transplantes de órgãos e o conceito de morte encefálica, além de identificar os possíveis fatores contrários à doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 266 estudantes de Me...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
2010-03-01
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Series: | Brazilian Journal of Transplantation |
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Online Access: | https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/231 |
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author | Carla Reale Batista Liliane Elze Falcão Lins Kusterer |
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Objetivo: Avaliar o conhecimento de estudantes de Medicina sobre doação e transplantes de órgãos e o conceito de morte encefálica, além de identificar os possíveis fatores contrários à doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 266 estudantes de Medicina do primeiro ao quarto ano de graduação. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2010 através da aplicação de um questionário contendo dados demográficos e 13 perguntas de múltipla escolha sobre o tema. Resultados: Dentre os entrevistados, 61,3% tiveram atividades didáticas sobre transplantes de órgãos durante o curso. Sessenta por cento dos estudantes avaliaram o seu conhecimento, sobre o tema como regular. Oitenta e oito por cento dos estudantes acertaram o conceito de morte encefálica e 72% tinham noções de como realizar o diagnóstico. Em relação à quais transplantes poderiam ser realizados intervivos, 78,9% responderam corretamente. Já com relação aos transplantes realizados sem batimentos cardíacos, 45,4% acertaram a questão e 53,4% não souberam responder. Quando perguntados sobre a intenção de doar órgãos e tecidos, 78,6% eram doadores, sendo que a análise por semestre mostrou aumento progressivo na intenção de doar. Com relação aos cuidados que devem ser tomados para a manutenção do potencial doador de órgãos, 75,5% dos estudantes desconheciam as medidas de suporte necessárias. No que se refere à comunicação familiar da morte de um parente, 50,4% sabiam como era feita essa abordagem. Conclusão: Foi possível concluir que a maioria dos estudantes de Medicina da amostra estudada apresentou conhecimento sobre morte encefálica, e que durante o curso médico os estudantes adquirem maior conhecimento sobre transplante e doação de órgãos e tecidos. Esse conhecimento adquirido aumenta a intenção de doar, sugerindo que a educação seja imprescindível para melhorar as taxas de doação de órgãos. Dessa forma, é necessária inserção de matérias ou cursos específicos de doação de órgãos e tecidos para transplantes no currículo das faculdades de Medicina.
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spelling | doaj.art-9f60a339275c4bb1abe32d0de241e94f2022-12-22T00:57:34ZengAssociação Brasileira de Transplante de ÓrgãosBrazilian Journal of Transplantation2764-15892010-03-0113210.53855/bjt.v13i2.231CONHECIMENTO DE ESTUDANTES DE MEDICINA SOBRE DOAÇÃO E TRANSPLANTES DE ÓRGÃOSCarla Reale Batista0Liliane Elze Falcão Lins Kusterer1Acadêmica de Medicina da EBMSP, Salvador, BA, Brasil.Departamento de Biomorfologia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA, Brasil. Objetivo: Avaliar o conhecimento de estudantes de Medicina sobre doação e transplantes de órgãos e o conceito de morte encefálica, além de identificar os possíveis fatores contrários à doação de órgãos e tecidos. Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal realizado com 266 estudantes de Medicina do primeiro ao quarto ano de graduação. A coleta de dados foi realizada entre agosto e outubro de 2010 através da aplicação de um questionário contendo dados demográficos e 13 perguntas de múltipla escolha sobre o tema. Resultados: Dentre os entrevistados, 61,3% tiveram atividades didáticas sobre transplantes de órgãos durante o curso. Sessenta por cento dos estudantes avaliaram o seu conhecimento, sobre o tema como regular. Oitenta e oito por cento dos estudantes acertaram o conceito de morte encefálica e 72% tinham noções de como realizar o diagnóstico. Em relação à quais transplantes poderiam ser realizados intervivos, 78,9% responderam corretamente. Já com relação aos transplantes realizados sem batimentos cardíacos, 45,4% acertaram a questão e 53,4% não souberam responder. Quando perguntados sobre a intenção de doar órgãos e tecidos, 78,6% eram doadores, sendo que a análise por semestre mostrou aumento progressivo na intenção de doar. Com relação aos cuidados que devem ser tomados para a manutenção do potencial doador de órgãos, 75,5% dos estudantes desconheciam as medidas de suporte necessárias. No que se refere à comunicação familiar da morte de um parente, 50,4% sabiam como era feita essa abordagem. Conclusão: Foi possível concluir que a maioria dos estudantes de Medicina da amostra estudada apresentou conhecimento sobre morte encefálica, e que durante o curso médico os estudantes adquirem maior conhecimento sobre transplante e doação de órgãos e tecidos. Esse conhecimento adquirido aumenta a intenção de doar, sugerindo que a educação seja imprescindível para melhorar as taxas de doação de órgãos. Dessa forma, é necessária inserção de matérias ou cursos específicos de doação de órgãos e tecidos para transplantes no currículo das faculdades de Medicina. https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/231TransplantesMorte EncefálicaEstudantes de MedicinaDoação de ÓrgãoDoação de Tecidos |
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