Diagnóstico Histopatológico e Imuno-histoquímico de Linfoma de Baço com Apresentação Clínica Atípica: Relato de Caso
Introdução: Tanto o angiossarcoma esplênico quanto o linfoma não Hodgkin (LNH) de células B não só são raros como apresentam desafios diagnósticos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, obeso, sudorese noturna há um ano, e dor abdominal cíclica há dois, com clínica inicial de angiossa...
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| Format: | Article |
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| Published: |
Instituto Nacional de Câncer (INCA)
2021-12-01
|
| Series: | Revista Brasileira de Cancerologia |
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| Online Access: | https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1432 |
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| author | Gabrielle Ruthes Fragoso Eduardo Pires dos Santos Camila Morais Marques Renata Bernardini de Lima |
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| description | Introdução: Tanto o angiossarcoma esplênico quanto o linfoma não Hodgkin (LNH) de células B não só são raros como apresentam desafios diagnósticos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, obeso, sudorese noturna há um ano, e dor abdominal cíclica há dois, com clínica inicial de angiossarcoma, contudo, sob o exame histopatológico e imuno-histoquímico, mostrou tratar-se de LNH de células B com apresentação atípica. A ultrassonografia (US) de abdome total realizada ao início do sintoma de sudorese noturna não teve alterações. Após um ano, a US apresentou massa esplênica. Na ressonância magnética da região abdominal, constatou-se tumoração esplênica expansiva heterogênea no aspecto anterior, suspeita de angiossarcoma esplênico. Após esplenectomia total, pancreatectomia caudal e linfadenectomia retroperitoneal, o exame histopatológico mostrou neoplasia maligna pouco diferenciada extensamente necrótica substituindo o parênquima esplênico. O estudo imuno-histoquímico foi positivo para os marcadores CD20 em diversos focos, para o BCL2 e para o KI67 (em 95% dos núcleos das células neoplásicas). A histopatologia e a imuno-histoquímica foram compatíveis com o diagnóstico de LNH difuso de alto grau, com imunofenótipo B do baço, sem sinal de infiltração de tecidos adjacentes. Após a esplenectomia total e quatro ciclos de quimioterapia, o paciente estava livre do linfoma e sem sintomas. Conclusão: É de suma importância o reconhecimento do diagnóstico correto de neoplasias raras como a relatada. Tanto a clínica quanto os exames de imagem, mesmo que fundamentais, podem ser imprecisos, reiterando a importância dos exames histológico e imuno-histoquímico complementares. |
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| publisher | Instituto Nacional de Câncer (INCA) |
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| spelling | doaj.art-a04fec8985ce4833ba9890c21aee10402024-03-03T09:01:21ZengInstituto Nacional de Câncer (INCA)Revista Brasileira de Cancerologia0034-71162176-97452021-12-0167410.32635/2176-9745.RBC.2021v67n4.1432Diagnóstico Histopatológico e Imuno-histoquímico de Linfoma de Baço com Apresentação Clínica Atípica: Relato de CasoGabrielle Ruthes Fragoso0Eduardo Pires dos Santos1Camila Morais Marques 2Renata Bernardini de Lima3Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). Curitiba (PR), Brasil.Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). Curitiba (PR), Brasil.Faculdades Pequeno Príncipe (FPP). Curitiba (PR), Brasil.Hospital Erasto Gartner (HEG). Curitiba (PR), Brasil. Introdução: Tanto o angiossarcoma esplênico quanto o linfoma não Hodgkin (LNH) de células B não só são raros como apresentam desafios diagnósticos. Relato do caso: Paciente do sexo masculino, 45 anos, obeso, sudorese noturna há um ano, e dor abdominal cíclica há dois, com clínica inicial de angiossarcoma, contudo, sob o exame histopatológico e imuno-histoquímico, mostrou tratar-se de LNH de células B com apresentação atípica. A ultrassonografia (US) de abdome total realizada ao início do sintoma de sudorese noturna não teve alterações. Após um ano, a US apresentou massa esplênica. Na ressonância magnética da região abdominal, constatou-se tumoração esplênica expansiva heterogênea no aspecto anterior, suspeita de angiossarcoma esplênico. Após esplenectomia total, pancreatectomia caudal e linfadenectomia retroperitoneal, o exame histopatológico mostrou neoplasia maligna pouco diferenciada extensamente necrótica substituindo o parênquima esplênico. O estudo imuno-histoquímico foi positivo para os marcadores CD20 em diversos focos, para o BCL2 e para o KI67 (em 95% dos núcleos das células neoplásicas). A histopatologia e a imuno-histoquímica foram compatíveis com o diagnóstico de LNH difuso de alto grau, com imunofenótipo B do baço, sem sinal de infiltração de tecidos adjacentes. Após a esplenectomia total e quatro ciclos de quimioterapia, o paciente estava livre do linfoma e sem sintomas. Conclusão: É de suma importância o reconhecimento do diagnóstico correto de neoplasias raras como a relatada. Tanto a clínica quanto os exames de imagem, mesmo que fundamentais, podem ser imprecisos, reiterando a importância dos exames histológico e imuno-histoquímico complementares.https://rbc.inca.gov.br/revista/index.php/revista/article/view/1432Neoplasias Esplênicas/diagnósticoLinfoma não Hodgkin/diagnósticoRelatos de Casos |
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