Summary: | O presente artigo propõe uma reflexão em torno da relação entre o lme-ensaio e a solidão, à luz de Santiago (João Moreira Salles, 2007). Objetiva-se investigar de que forma o caráter ensaístico da obra interfere na maneira em que a solidão do protagonista Santiago nos é apresentada. Partimos da hipótese de que o filme assume uma certa ambiguidade reflexiva sobre tal aspecto, apresentando assim uma dupla possibilidade: ora Santiago parece estar só, como um desejo voluntário do personagem; ora assemelha ser solitário, consequência de um processo de exclusão social explicitada pela relação que mantém com o diretor do fllme. Pretendemos analisar Santiago com foco na problemática exposta, para propor que tal ambiguidade vivenciada pelo protagonista, entre estar só e ser solitário, é também condição essencial para que o ensaísta audiovisual assuma a distância re exiva necessária para desenvolver sua narrativa.
|