| Summary: | Introdução: A prevalência superobesidade (Índice de Massa Corporal (IMC) ≥ 50 kg/m2) aumenta de forma crescente, porém ainda são escassas informações sociodemográficas, clínicas e fatores associados em superobesos. Este estudo teve como objetivo investigar a prevalência de superobesidade e sua associação com aspectos sociodemográficos, presença de comorbidades, estilo de vida, consumo alimentar e compulsão alimentar periódica (CAP) em mulheres obesas graves e superobesas. Métodos: estudo transversal com mulheres adultas e obesas graves (IMC ≥ 35 kg/m2) na primeira consulta em ambulatório de referência em tratamento da obesidade grave. Foram coletados: peso, altura, dados sociodemográficos, presença de comorbidades, hábitos de vida, início da obesidade, uso de medicamentos anti-obesidade, consumo alimentar e CAP. A variável desfecho foi a superobesidade. A associação foi testada utilizando-se regressão de Poisson múltipla com variância robusta. Resultados: Entre as 72 mulheres, a prevalência de superobesidade foi de 36,1%. Houve diferença estatística significante para IMC, sendo 55,8 ± 5,3 kg/m2 entre as superobesas e 44,4 ± 3,6 kg/m2 para as demais mulheres. Na análise múltipla estiveram associadas à superobesidade: presença de compulsão alimentar periódica (RP: 2,39, IC95%: 1,27-4,50), consumo diário de vegetal A (RP: 3,04, IC95%: 1,36-6,76) e não consumir diariamente leite e derivados (RP: 1,91, IC95%: 1,17-3,11). Conclusão: A prevalência de superobesidade entre as mulheres com obesidade grave foi elevada e associada à CAP e ao consumo alimentar.
ABSTRACT
Super-obesity associated factors in women: binge eating and food intake
Introduction: Super-obesity (Body Mass Index (BMI) ≥ 50 kg/m2) prevalence increases incrementally, but are still scarce sociodemographic and clinical information, and associated factors in superobese. This study aimed to investigate the prevalence of super obesity and its association with sociodemographic characteristics, comorbidities, lifestyle, food consumption and binge eating disorder (BED) in severe obese women. Methods: Cross-sectional study with adult and obese women (BMI ≥ 35 kg/m2). Collected data: weight, height, sociodemographic, comorbidities, lifestyle, onset of obesity, previous use of anti-obesity drugs, food consumption, and BED. The outcome variable was the super-obesity. Results: Among 72 women the prevalence of super-obesity was 36.1%. There was statistically significant difference for BMI, 55.8 ± 5.3 kg/m2 among the super obese women and 44.4 ± 3.6 kg/m2 for the other women. In multiple analysis, the following variables remained associated with super-obesity: presence of BED (PR: 2.39, 95%CI: 1.27-4.50), daily consumption of vegetable A (PR: 3.04, 95%CI: 1.36 -6.76) and not consuming dairy products daily (PR: 1.91, 95%CI: 1.17-3.11). Conclusion: The prevalence of super-obesity among women with severe obesity was high and associated with BED and food consumption.
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