“Tudo bem”, “tudo em paz” e “uma tremenda sorte”: Avaliações positivas no gerenciamento da incerteza na comunicação entre oncologistas e pacientes com câncer de mama

Este artigo apresenta a investigação de interações entre oncologistas e mulheres com câncer de mama em consultas de acompanhamento ao longo de seus tratamentos ou de revisão. Especificamente, analisa-se como pacientes e médicos lidam interacionalmente com a impossibilidade de certezas nesse contexto...

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Bibliographic Details
Main Authors: Joseane Souza, Ana Cristina Ostermann
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2017-03-01
Series:Revista de Estudos da Linguagem
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Online Access:http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/10272
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description Este artigo apresenta a investigação de interações entre oncologistas e mulheres com câncer de mama em consultas de acompanhamento ao longo de seus tratamentos ou de revisão. Especificamente, analisa-se como pacientes e médicos lidam interacionalmente com a impossibilidade de certezas nesse contexto. Além disso, reflete-se brevemente sobre as implicações desse gerenciamento para a prática médica na oncologia. A metodologia utilizada advém da abordagem teórico-metodológica da Análise da Conversa ou Fala-em-Interação (SACKS, 1992). Os dados (24 consultas gravadas em áudio) foram gerados em um hospital da região sul do Brasil, transcritos segundo convenções próprias da área (JEFFERSON, 1984) e então analisados. A análise revela como as ações de avaliação e solicitação de avaliação realizadas por oncologistas e pacientes operam de forma a lidar com a impossibilidade da certeza nas consultas. No gerenciamento das incertezas envolvidas em consultas oncológicas, a análise também revela que e como as avaliações positivas produzidas pelos médicos podem ter consequências tranquilizadoras para a paciente.
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2237-2083
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