Peso ao nascer e influência do consumo de cafeína Birthweight and caffeine consumption

OBJETIVO: Estudar a associação entre consumo de cafeína na gestação e ocorrência de baixo peso ao nascer, prematuridade e restrição do crescimento intra-uterino. MÉTODOS: A investigação se desenvolveu por estudo caso-controle. Foram selecionados 354 recém-nascidos vivos de partos únicos com peso men...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gladys Gripp Bicalho, Antônio de Azevedo Barros Filho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2002-04-01
Series:Revista de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102002000200010
Description
Summary:OBJETIVO: Estudar a associação entre consumo de cafeína na gestação e ocorrência de baixo peso ao nascer, prematuridade e restrição do crescimento intra-uterino. MÉTODOS: A investigação se desenvolveu por estudo caso-controle. Foram selecionados 354 recém-nascidos vivos de partos únicos com peso menor que 2.500 g (casos) e 354 com 3.000 g ou mais (controles). A ingesta de cafeína foi calculada considerando-se o consumo diário de café, refrigerante e chá. Os resultados foram ajustados por análise de regressão logística múltipla para as variáveis de confundimento: idade materna, escolaridade, renda, situação conjugal, cor, paridade, fumo, filhos anteriores de baixo peso, peso prévio à gestação, trabalho, intervalo gestacional, consultas durante o pré-natal e hipertensão arterial. RESULTADOS: Os resultados mostraram os seguintes "odds ratio", ajustados entre o consumo diário de cafeína <300 mg/dia e >300mg/dia, e o baixo peso ao nascer, respectivamente: 0,72 (IC95%, 0,45-1,25) e 0,47 (IC95%, 0,24-0,92); prematuridade: 0,59 (IC95%, 0,32-1,09) e 0,32 (IC95%, 0,15-0,72); e retardo do crescimento intra-uterino: 1,16 (IC95%, 0,45-3,01) e 0,64 (IC95%, 0,20-1,98). CONCLUSÃO: Na amostra estudada, a ingesta de cafeína não foi identificada como fator de risco para prejuízo do crescimento intra-uterino ou para a duração da gestação.<br>OBJECTIVES: To assess the association between maternal caffeine consumption during pregnancy and low birth weight, prematurity and intrauterine growth retardation. METHODS: A case-control was carried out and 354 newborns of single labor with birthweight <2,500 g (cases) and 354 with birthweight >3,000 g (controls) were analyzed. Caffeine consumption was calculated based on daily consumption of coffee, soft drinks and tea. Results were adjusted using multiple logistic regression for the following confounders: mother's age, schooling, income, marital status, skin color, parity, smoking, previous low birthweight children, mother's pre-pregnancy weight, employment status, interval between pregnancies, prenatal care and high blood pressure. RESULTS: For caffeine consumption <300 mg/day and >300 mg/day, the adjusted odds ratios for low birthweight were: 0.72 (95%IC=0.45-1.25) and 0.47 (95%IC=0.24-0.92); prematurity: 0.59 (95%IC=0.32-1.09) and 0.32 (95%IC=0.15-0.72); and intrauterine growth retardation: 1.16 (95%IC=0.45-3.01) and 0.64 (95%IC=0.20-1.98), respectively. CONCLUSION: There was no association between caffeine consumption during pregnancy and low birthweight, prematurity and intrauterine growth retardation.
ISSN:0034-8910
1518-8787