Summary: | O presente artigo realiza uma análise fílmica e comparativa de Que horas ela volta? e Roma, obras cinematográficas que apresentam um recorte temporal de relevância político-social nos países Brasil e México, respectivamente. Ambas as narrativas contemplam o cotidiano de uma empregada doméstica, figura capaz de ser tão relevante e, ao mesmo tempo, tão invisível nos países latino-americanos. Os contrastes sociais e os elementos simbólicos representados nos espaços domésticos dos filmes são tratados aqui de forma a identificar semelhanças e diferenças entre as obras. Diante de tal investigação, é possível afirmar que Que horas ela volta? e Roma implicam em um retrato da sociedade latino-americana, sendo a empregada doméstica um ponto de convergência entre ambas as culturas, bem como um vestígio das sociedades patriarcais e escravocratas ocidentais.
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