Summary: | No final da década de 1990 o grupo de rap Facção Central produziu seu primeiro videoclipe. Intitulado de “Isso aqui é uma guerra” o clipe era composto por uma narrativa bastante presente no <em>rap</em> brasileiro do período que tematizava a crescente violência urbana nas capitais brasileiras, o racismo e as desigualdades sociais. Contudo, o promotor de justiça Carlos Cardoso recebeu denúncias de que o grupo fazia apologia ao crime no seu audiovisual e solicitou a proibição da veiculação do clipe e a autuação dos <em>rappers</em>. Desta forma, discuto neste texto como o promotor e os artistas procuraram construir imagens de si como forma de ratificar suas posições e desacreditar o outro no período do conflito.
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