Fração de excreção de potássio na evolução da lesão renal aguda em pacientes graves: um potencial marcador a ser monitorizado?
Objetivo: Avaliar o comportamento da fração de excreção de potássio durante a evolução da lesão renal aguda em pacientes graves. Métodos: Foram incluídos 168 pacientes como parte de um estudo maior, no qual avaliamos parâmetros sanguíneos e urinários durante a evolução da lesão renal aguda. Fora...
Main Authors: | , , |
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Published: |
Associação de Medicina Intensiva Brasileira
2014-04-01
|
Series: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
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author | Alexandre Toledo Maciel Marcelo Park Etienne Macedo |
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description | Objetivo: Avaliar o comportamento da fração de excreção de potássio durante a evolução da lesão renal aguda em pacientes graves. Métodos: Foram incluídos 168 pacientes como parte de um estudo maior, no qual avaliamos parâmetros sanguíneos e urinários durante a evolução da lesão renal aguda. Foram coletadas diariamente amostras de sangue e urina até a remoção da sonda vesical ou a necessidade de terapia de substituição renal. Descrevemos a evolução da fração de excreção de potássio conforme a presença ou não de lesão renal aguda, sua duração - transitória ou persistente - e gravidade (com base no estágio Acute Kidney Injury Network - AKIN). Foi também avaliado o desempenho diagnóstico da fração de excreção de potássio no dia do diagnóstico da lesão renal aguda, para prever a sua duração e a necessidade de terapia de substituição renal. Resultados: A fração de excreção de potássio foi significativamente maior na lesão renal aguda persistente do que na transitória no dia do diagnóstico da lesão renal aguda (24,8 versus 13,8%; p<0,001). Ambos os grupos tiveram aumento de sua fração de excreção de potássio mediana nos 2 dias que precederam o diagnóstico de lesão renal aguda. Pacientes que não desenvolveram mantiveram níveis baixos e estáveis de fração de excreção de potássio. A fração de excreção de potássio, no dia do diagnóstico de lesão renal aguda, demonstrou razoável precisão em prever lesão renal aguda persistente (área sob a curva: 0,712; intervalo de confiança de 95%: 0,614-0,811; p<0,001). A área sob a curva para terapia de substituição renal foi de 0,663 (intervalo de confiança de 95%: 0,523-0,803; p=0,03). A fração de excreção de potássio aumentou com o estágio máximo atingido do AKIN, tanto para lesão renal aguda transitória quanto para persistente. Conclusão: A avaliação sequencial da fração de excreção de potássio parece útil em pacientes graves em risco de lesão renal aguda. |
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spelling | doaj.art-a7d676d89b894a089cf6ef5b5cf649862022-12-21T18:21:35ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva1982-43352014-04-0126214314710.5935/0103-507X.20140021S0103-507X2014000200143Fração de excreção de potássio na evolução da lesão renal aguda em pacientes graves: um potencial marcador a ser monitorizado?Alexandre Toledo MacielMarcelo ParkEtienne MacedoObjetivo: Avaliar o comportamento da fração de excreção de potássio durante a evolução da lesão renal aguda em pacientes graves. Métodos: Foram incluídos 168 pacientes como parte de um estudo maior, no qual avaliamos parâmetros sanguíneos e urinários durante a evolução da lesão renal aguda. Foram coletadas diariamente amostras de sangue e urina até a remoção da sonda vesical ou a necessidade de terapia de substituição renal. Descrevemos a evolução da fração de excreção de potássio conforme a presença ou não de lesão renal aguda, sua duração - transitória ou persistente - e gravidade (com base no estágio Acute Kidney Injury Network - AKIN). Foi também avaliado o desempenho diagnóstico da fração de excreção de potássio no dia do diagnóstico da lesão renal aguda, para prever a sua duração e a necessidade de terapia de substituição renal. Resultados: A fração de excreção de potássio foi significativamente maior na lesão renal aguda persistente do que na transitória no dia do diagnóstico da lesão renal aguda (24,8 versus 13,8%; p<0,001). Ambos os grupos tiveram aumento de sua fração de excreção de potássio mediana nos 2 dias que precederam o diagnóstico de lesão renal aguda. Pacientes que não desenvolveram mantiveram níveis baixos e estáveis de fração de excreção de potássio. A fração de excreção de potássio, no dia do diagnóstico de lesão renal aguda, demonstrou razoável precisão em prever lesão renal aguda persistente (área sob a curva: 0,712; intervalo de confiança de 95%: 0,614-0,811; p<0,001). A área sob a curva para terapia de substituição renal foi de 0,663 (intervalo de confiança de 95%: 0,523-0,803; p=0,03). A fração de excreção de potássio aumentou com o estágio máximo atingido do AKIN, tanto para lesão renal aguda transitória quanto para persistente. Conclusão: A avaliação sequencial da fração de excreção de potássio parece útil em pacientes graves em risco de lesão renal aguda.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2014000200143&lng=en&tlng=enPotássio/urinaSódio/urinaLesão renal agudaEstado terminalUrina/químicaMonitoramento |
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