Adenocarcinoma papilífero oral em jiboia (Boa constritor) mantida em cativeiro

Estudos de neoplasias malignas e benignas em animais tem crescido ao longo do tempo, e os seus registros tem auxiliado no manejo de répteis que apresentam tumores. Descreve-se na literatura que há incidências semelhantes de neoplasmas entre animais homeotérmicos e ectotérmicos, e que estes geralment...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Washington Luiz Assunção Pereira, Marcella Katheryne Marques Bernal, Antônio Messias Costa, Aline Amaral Imbeloni
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Londrina 2022-02-01
Series:Semina: Ciências Agrárias
Subjects:
Online Access:https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/view/44084
Description
Summary:Estudos de neoplasias malignas e benignas em animais tem crescido ao longo do tempo, e os seus registros tem auxiliado no manejo de répteis que apresentam tumores. Descreve-se na literatura que há incidências semelhantes de neoplasmas entre animais homeotérmicos e ectotérmicos, e que estes geralmente apresentam mais de um tipo de tumoração. O tratamento de pacientes silvestres oncológicos geralmente acontece de forma tardia contribuindo para sua baixa sobrevida. Deste modo o presente trabalho objetivou descrever um caso infrequente de neoplasia oral em Boa constrictor. A casuística ocorreu num animal adulto, fêmea, criada em recinto de exposição do Parque Zoobotânico do Museu Emílio Goeldi, localizado em Belém, Estado do Pará, Brasil. Macroscopicamente a massa apresentou morfologicamente com superfície irregular, multilobulada, coloração que variou de branca a cinza, áreas hemorrágicas e sua extensão de 3,9 x 2,3cm. A neoplasia foi removida cirurgicamente e a avaliação histopatológica revelou um adenocarcinoma, com padrão de desenvolvimento do tipo papiliforme e grau moderado de diferenciação. O animal foi a óbito três meses pós-diagnóstico por inanição. A necropsia demonstrou que havia recrudescência do neoplasma e ausência de metástases. Diante da impossibilidade da remoção cirúrgica com maior margem de segurança, e terapias adjuvantes, tal condição favoreceu o ressurgimento da neoplasia, comprometendo a alimentação e consequentemente levando ao óbito. Conclui-se que neoplasias malignas em répteis podem ter uma evolução clínica desfavorável a manutenção da sua vida necessitando de cuidados terapêuticos específicos como quimioterapia. As contribuições cientificas sobre processos neoplásicos nesses animais são fundamentais para a clínica médica de animais silvestres além de contribuir para a conservação de espécies silvestres.
ISSN:1676-546X
1679-0359