Vigilância epidemiológica
OO Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica monitoriza a ocorrência de doenças transmissíveis, contribuindo para a respetiva prevenção e controlo. Face às recentes alterações legislativas, as Unidades de Saúde Pública podem contribuir na operacionalização local do referido sistema. Neste conte...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Coimbra University Press
2023-06-01
|
Series: | Territorium: Revista Portuguesa de riscos, prevenção e segurança |
Subjects: | |
Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/12019 |
_version_ | 1797792312196071424 |
---|---|
author | Ricardo Eufrásio Fernando Lopes |
author_facet | Ricardo Eufrásio Fernando Lopes |
author_sort | Ricardo Eufrásio |
collection | DOAJ |
description |
OO Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica monitoriza a ocorrência de doenças transmissíveis, contribuindo para a respetiva prevenção e controlo. Face às recentes alterações legislativas, as Unidades de Saúde Pública podem contribuir na operacionalização local do referido sistema. Neste contexto, considerou-se oportuno em colaboração com um hospital, realizar uma consultoria, visando esclarecer a subnotificação, identificar fatores de constrangimento, e desenvolver uma revisão sistemática multidisciplinar. Em 2015, realizou-se uma auditoria externa retrospetiva (2010-2014) relativa à notificação de 26 doenças listadas para o efeito. Determinaram-se as taxas de notificação dos casos identificados, correspondentes a residentes no Concelho B. Consultou-se informação referente aos grupos de diagnóstico homogéneo, registos laboratoriais, notificações, bem como a 717 registos clínicos referentes a casos de doença com resultados laboratoriais positivos ou duvidosos. Aplicou-se um inquérito por questionário a 26 médicos, para quantificar e compreender a subnotificação. Identificaram-se 289 casos referentes a 14 das 26 doenças auditadas. Observou-se no Concelho B uma taxa global de notificação de 34,6% (45/130). Os casos identificados de brucelose, doença de Lyme, febre Q, hepatite B e malária, não foram notificados. Entre os principais motivos para a subnotificação destaca-se a “burocracia” (53,8%). Alguns profissionais (15,8%) notificam apenas no momento da alta hospitalar. Pelo seu impacto, destacaram-se limitações relativas às opções de exames complementares de diagnóstico e à vigilância epidemiológica veterinária. É fundamental uma articulação multidisciplinar e complementar dos serviços de saúde pública com as demais instituições de saúde, visando contribuir para a saúde e bem-estar das populações.
|
first_indexed | 2024-03-13T02:32:26Z |
format | Article |
id | doaj.art-a7fda2c474ef4c61aeed2abdeebb1579 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0872-8941 1647-7723 |
language | English |
last_indexed | 2024-03-13T02:32:26Z |
publishDate | 2023-06-01 |
publisher | Coimbra University Press |
record_format | Article |
series | Territorium: Revista Portuguesa de riscos, prevenção e segurança |
spelling | doaj.art-a7fda2c474ef4c61aeed2abdeebb15792023-06-29T13:20:59ZengCoimbra University PressTerritorium: Revista Portuguesa de riscos, prevenção e segurança0872-89411647-77232023-06-0130(I)10.14195/1647-7723_30-1_7Vigilância epidemiológicaRicardo Eufrásio0Fernando Lopes1ARS Centro, Unidade de Saúde Pública - ACES Baixo VougaARS Centro, Unidade de Saúde Pública do ACES Baixo Mondego OO Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica monitoriza a ocorrência de doenças transmissíveis, contribuindo para a respetiva prevenção e controlo. Face às recentes alterações legislativas, as Unidades de Saúde Pública podem contribuir na operacionalização local do referido sistema. Neste contexto, considerou-se oportuno em colaboração com um hospital, realizar uma consultoria, visando esclarecer a subnotificação, identificar fatores de constrangimento, e desenvolver uma revisão sistemática multidisciplinar. Em 2015, realizou-se uma auditoria externa retrospetiva (2010-2014) relativa à notificação de 26 doenças listadas para o efeito. Determinaram-se as taxas de notificação dos casos identificados, correspondentes a residentes no Concelho B. Consultou-se informação referente aos grupos de diagnóstico homogéneo, registos laboratoriais, notificações, bem como a 717 registos clínicos referentes a casos de doença com resultados laboratoriais positivos ou duvidosos. Aplicou-se um inquérito por questionário a 26 médicos, para quantificar e compreender a subnotificação. Identificaram-se 289 casos referentes a 14 das 26 doenças auditadas. Observou-se no Concelho B uma taxa global de notificação de 34,6% (45/130). Os casos identificados de brucelose, doença de Lyme, febre Q, hepatite B e malária, não foram notificados. Entre os principais motivos para a subnotificação destaca-se a “burocracia” (53,8%). Alguns profissionais (15,8%) notificam apenas no momento da alta hospitalar. Pelo seu impacto, destacaram-se limitações relativas às opções de exames complementares de diagnóstico e à vigilância epidemiológica veterinária. É fundamental uma articulação multidisciplinar e complementar dos serviços de saúde pública com as demais instituições de saúde, visando contribuir para a saúde e bem-estar das populações. https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/12019Vigilância epidemiológicasaúde públicaepidemiologia hospitalar |
spellingShingle | Ricardo Eufrásio Fernando Lopes Vigilância epidemiológica Territorium: Revista Portuguesa de riscos, prevenção e segurança Vigilância epidemiológica saúde pública epidemiologia hospitalar |
title | Vigilância epidemiológica |
title_full | Vigilância epidemiológica |
title_fullStr | Vigilância epidemiológica |
title_full_unstemmed | Vigilância epidemiológica |
title_short | Vigilância epidemiológica |
title_sort | vigilancia epidemiologica |
topic | Vigilância epidemiológica saúde pública epidemiologia hospitalar |
url | https://impactum-journals.uc.pt/territorium/article/view/12019 |
work_keys_str_mv | AT ricardoeufrasio vigilanciaepidemiologica AT fernandolopes vigilanciaepidemiologica |