Relações entre exercício físico aeróbico, espécies reativas, adaptações orgânicas, desempenho físico e síndrome do overtraining: Uma revisão narrativa
Uma parte do O2 captado pelo ME durante o exercício físico aeróbico acaba se convertendo em Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) que, junto das Espécies Reativas de Nitrogênio (ERNs) e, eventualmente das Espécies Reativas de Enxofre (EREs), também formadas pelo metabolismo energético, são moléculas...
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Format: | Article |
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Published: |
Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício
2022-11-01
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Series: | Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício |
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author | Fernando Oliveira Catanho da Silva |
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description | Uma parte do O2 captado pelo ME durante o exercício físico aeróbico acaba se convertendo em Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) que, junto das Espécies Reativas de Nitrogênio (ERNs) e, eventualmente das Espécies Reativas de Enxofre (EREs), também formadas pelo metabolismo energético, são moléculas instáveis e potentes sinalizadoras de várias adaptações biológicas celulares, como a biogênese mitocondrial, a angiogênese, além da ativação/expressão das enzimas oxidativas e do sistema de defesa antioxidante. Essas e outras adaptações positivas refletem em melhora do desempenho aeróbico/endurance, especialmente através do aumento de parâmetros determinantes para tal como o consumo máximo de O2 (VO2 máx), os limiares metabólicos e a capacidade tamponante. Por outro lado, se a produção de EROs, ERNs e EREs na sistemática de treinos aeróbicos for demasiadamente alta, crônica, sistêmica e descontrolada, o quadro de estresse oxidativo/nitrosativo/sulfurativo pode se instalar, especialmente no ME, desencadeando mal-adaptação, traduzida em inflamação crônica, catabolismo acentuado, além de sinalização pró-apoptótica, pró-necrótica e pró-necroptótica. Esse quadro anti-adaptativo nefasto pode deflagrar na Síndrome do Overtraining (OVTS), caracterizada por perda significativa e permanente do desempenho, além de efeitos deletérios fisiológicos, imunológicos e psicológicos. Logo, o objetivo do presente manuscrito de revisão é problematizar o efeito dual, pró e anti-adaptativo, gerado pelo estresse oxidativo, nitrosativo e, eventualmente, sulfurativo, no exercício/treinamento físico aeróbico, destacando a importância visceral do controle das cargas externas e internas de treinamento para garantir, prioritariamente, os efeitos benéficos associados ao estresse do exercício físico regular e sistematizado. |
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publisher | Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício |
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