Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro

Através o presente artigo procuramos revisitar alguns dos conceitos inerentes ao fenômeno wagneriano enquanto simultaneamente examinamos a influência deste pensamento e prática na obra de um compositor brasileiro, Francisco Braga. Neste sentido tiramos partido da pesquisa em profundidade que efetuam...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Isaac F. Chueke
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical 2020-02-01
Series:Musica Theorica
Online Access:https://revistamusicatheorica.tema.mus.br/index.php/musica-theorica/article/view/114
_version_ 1797835837462806528
author Isaac F. Chueke
author_facet Isaac F. Chueke
author_sort Isaac F. Chueke
collection DOAJ
description Através o presente artigo procuramos revisitar alguns dos conceitos inerentes ao fenômeno wagneriano enquanto simultaneamente examinamos a influência deste pensamento e prática na obra de um compositor brasileiro, Francisco Braga. Neste sentido tiramos partido da pesquisa em profundidade que efetuamos a respeito deste último autor, igualmente regente e professor a partir de 1902 do INM, com a primeira tese sobre este grande personagem nacional, material que encontra-se à disposição para consulta na Maison de la Recherche da Universidade Paris-Sorbonne. Se, como sabemos, o ofício de Wagner se materializa de modo quase exclusivo no campo lírico, não deixamos de perceber entretanto seu legado na estética de uma plêiade de compositores. Domina o cenário musical de sua época de tal forma que poucos conseguem resistir. Braga, bastante marcado pela escola francesa, notadamente tendo sido aluno de Massenet - o fato é conhecido - não deixara entretanto de também experimentar, ao seu modo, algumas das técnicas de Wagner. Quisemos aqui revelar um pouco mais deste período, e se comentamos igualmente, ainda que de modo breve, sua experiência com a produção da ópera Jupira, a estética apresenta-se diferentemente, é que esta bem poderia ser interpretada como uma tentativa do compositor brasileiro de fazer um amálgama das escolas alemã e italiana. Por outro lado, é certamente na expressão sinfônica de Braga que podemos encontrar as “tintas” de um legado wagneriano, através de poemas sinfônicos e música incidental (quando a literatura não deixa de estar presente), e com um colorido que podemos ademais hoje reconhecer como bem nosso, uma linguagem que, se europeia na origem, encontra sua perfeita adaptação nos trópicos. 
first_indexed 2024-04-09T14:59:52Z
format Article
id doaj.art-a8873c56e366461d99b7f6e2a8ed53d1
institution Directory Open Access Journal
issn 2525-5541
language English
last_indexed 2024-04-09T14:59:52Z
publishDate 2020-02-01
publisher Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical
record_format Article
series Musica Theorica
spelling doaj.art-a8873c56e366461d99b7f6e2a8ed53d12023-05-01T22:19:00ZengAssociação Brasileira de Teoria e Análise MusicalMusica Theorica2525-55412020-02-014210.52930/mt.v4i2.114Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiroIsaac F. Chueke0Escola de Música e Belas Artes do Paraná/UnesparAtravés o presente artigo procuramos revisitar alguns dos conceitos inerentes ao fenômeno wagneriano enquanto simultaneamente examinamos a influência deste pensamento e prática na obra de um compositor brasileiro, Francisco Braga. Neste sentido tiramos partido da pesquisa em profundidade que efetuamos a respeito deste último autor, igualmente regente e professor a partir de 1902 do INM, com a primeira tese sobre este grande personagem nacional, material que encontra-se à disposição para consulta na Maison de la Recherche da Universidade Paris-Sorbonne. Se, como sabemos, o ofício de Wagner se materializa de modo quase exclusivo no campo lírico, não deixamos de perceber entretanto seu legado na estética de uma plêiade de compositores. Domina o cenário musical de sua época de tal forma que poucos conseguem resistir. Braga, bastante marcado pela escola francesa, notadamente tendo sido aluno de Massenet - o fato é conhecido - não deixara entretanto de também experimentar, ao seu modo, algumas das técnicas de Wagner. Quisemos aqui revelar um pouco mais deste período, e se comentamos igualmente, ainda que de modo breve, sua experiência com a produção da ópera Jupira, a estética apresenta-se diferentemente, é que esta bem poderia ser interpretada como uma tentativa do compositor brasileiro de fazer um amálgama das escolas alemã e italiana. Por outro lado, é certamente na expressão sinfônica de Braga que podemos encontrar as “tintas” de um legado wagneriano, através de poemas sinfônicos e música incidental (quando a literatura não deixa de estar presente), e com um colorido que podemos ademais hoje reconhecer como bem nosso, uma linguagem que, se europeia na origem, encontra sua perfeita adaptação nos trópicos.  https://revistamusicatheorica.tema.mus.br/index.php/musica-theorica/article/view/114
spellingShingle Isaac F. Chueke
Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
Musica Theorica
title Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
title_full Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
title_fullStr Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
title_full_unstemmed Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
title_short Richard Wagner e Francisco Braga: o exemplo de Marabá na obra do compositor brasileiro
title_sort richard wagner e francisco braga o exemplo de maraba na obra do compositor brasileiro
url https://revistamusicatheorica.tema.mus.br/index.php/musica-theorica/article/view/114
work_keys_str_mv AT isaacfchueke richardwagnerefranciscobragaoexemplodemarabanaobradocompositorbrasileiro