Hegel e a crítica ao estado de natureza do Jusnaturalismo moderno

Este trabalho pretende desenvolver as seguintes proposições: 1) Nos escritos juvenis, a questão da exterioridade da natureza foi já pensada, por Hegel, como um atributo daquilo que é natural, e que será desenvolvido de forma mais consistente nas obras posteriores, sobretudo, na Enciclopédia com a fo...

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Main Author: Cesar Augusto Ramos
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2011-06-01
Series:Kriterion
Subjects:
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description Este trabalho pretende desenvolver as seguintes proposições: 1) Nos escritos juvenis, a questão da exterioridade da natureza foi já pensada, por Hegel, como um atributo daquilo que é natural, e que será desenvolvido de forma mais consistente nas obras posteriores, sobretudo, na Enciclopédia com a formulação do conceito de natureza como a "ideia na forma do seroutro (Andersseins)". 2) Este modo de entender a natureza - segundo o ponto de vista de uma "outridade" - servirá de referência às relações de dominação no campo político, nas quais os traços de naturalidade permanecem segundo o paradigma da dialética do senhor e do escravo, e que caracteriza as concepções de estado de natureza da doutrina do Direito Natural - como a de Hobbes. 3) A coação como violência ou subjugação legítima praticada contra aquilo que contém o elemento da exterioridade da natureza é compatível com a determinação essencial da natureza, e designa a condição inicial do homem como ser natural (Naturwesen), o qual pode ser coagido.<br>This paper aims to develop the following propositions: 1) In the youthful writings, the issue of exteriority of nature has been already thought by Hegel as an attribute of what is natural, and will be developed more consistently in the later works, especially in the Encyclopedia with the formulation of the concept of nature as the "idea in the form of otherness (Andersseins). 2) This way of understanding nature - according to the point of view of "otherness" -will serve as a reference to the relations of domination in the political field, in which traces of naturalness remain under the paradigm of the dialectic of master and slave of nature, typical trait of Natural Law doctrine - like that of Hobbes. 3) The coercion as violence or the legitimate subjugation put into practice against what contains the element of externality of nature is compatible with the essential determination of the nature, and indicates the initial condition of the men as natural being (Naturwesen), which can be coerced.
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