Summary: | O artigo dedica-se, de início, a um conceito presente em estudos atuais em Comunicação e Cultura: o de afeto. Partindo da filosofia deleuzeana, tematiza o conceito, discute questões de linguagem e privilegia um feixe de afetos, provisoriamente chamado de “medo”, a partir do conto de Kafka intitulado A construção (1923). A leitura do conto permite articular medo, insegurança e risco ao gesto de construir moradas ou habitats. O tema é desdobrado em um texto de Nietzsche no qual se avaliam diferentes tipos de construção, vinculando-os a certas perspectivas e pulsões vitais. Na esteira de Nietzsche, elegem-se duas construções como apostas para a visada teórica: andaime e brinquedo.
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