Planejamento familiar: importância do conhecimento das características da clientela para implementação de ações de saúde

Os objetivos deste estudo foram situar no programa de planejamento familiar (PF) de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) a população (geral) quanto ao método contraceptivo (MC) selecionado e seu desfecho; a amostra (indivíduos do estudo) em relação às características sócio-econômico-culturais; e M...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Paula de Jesus Ribeiro, Karla Helena S. Barros, Rosa Alves dos Reis, Lúcia de Lourdes Souza Leite Campinas
Format: Article
Language:English
Published: Centro Universitário São Camilo 2008-10-01
Series:O Mundo da Saúde
Subjects:
Online Access:https://revistamundodasaude.emnuvens.com.br/mundodasaude/article/view/828
Description
Summary:Os objetivos deste estudo foram situar no programa de planejamento familiar (PF) de uma Estratégia Saúde da Família (ESF) a população (geral) quanto ao método contraceptivo (MC) selecionado e seu desfecho; a amostra (indivíduos do estudo) em relação às características sócio-econômico-culturais; e MC adotado. Foi realizado em uma ESF de Guarulhos/SP. A população foi formada por clientes que participaram do PF em 2006, e a amostra, por 30 indivíduos (29 mulheres e 1 homem) com idades entre 18 e 48 anos. Houve predomínio de mulheres, tanto na população como na amostra. A maioria da população optou pela laqueadura (51,6% p<0,001). Prevaleceram indivíduos (amostra) com idade entre 28 a 38 anos (50,0%), ensino fundamental incompleto (50,0% p=0,017), casados/união consensual (90%), cerca de três filhos (85,0%) e renda mensal entre um a três salários mínimos (33,3%); preferência pelo DIU (33,3%); ocorrência de gravidez durante o uso do MC em dois casos (6,7%); satisfação com o MC por 80,0% dos indivíduos (p<0,001); contudo 43,3% pretendeu mudar de MC e a escolha prevalente foi a laqueadura. Houve preferência por MC reversível entre os mais jovens e definitivo nos demais, sendo estes na maioria de baixa escolaridade (p=0,019), casados/união consensual, com três ou mais filhos, sem renda fixa ou entre um e três salários mínimos. Concluiu-se que houve maior participação no programa de PF de mulheres, casadas/união consensual, baixa escolaridade e renda, com mais de um filho, tendo a laqueadura e o DIU como preferências. A baixa participação masculina em PF foi coerente com dados nacionais, confirmando a necessidade de maior investimento em ações programáticas sobre o tema “homens e PF”.
ISSN:0104-7809
1980-3990