Porque eles (elas) não abriram as câmeras? Reflexões sobre as aulas síncronas no Ensino Remoto Emergencial

A pandemia chegou ao Brasil no início do ano de 2020, exigindo assim, que as aulas fossem ministradas em diversos formatos, entre eles, o uso de plataformas para acompanhamento e aulas por meio de videoconferência. As aulas passaram de presenciais em salas físicas para salas on-line. Entretanto, de...

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Main Authors: Rute Elen do Nascimento, Diene Eire de Mello, Camila Fernandes de Lima Ferreira, Daniela Melaré Vieira Barros
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina (UEL) 2023-07-01
Series:Educação em Análise
Subjects:
Online Access:https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/48267
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spelling doaj.art-a92925614a0044b8aca4f0cb40cf215b2023-08-17T06:11:48ZporUniversidade Estadual de Londrina (UEL)Educação em Análise2448-03202023-07-018110.5433/1984-7939.2023v8n1p98Porque eles (elas) não abriram as câmeras? Reflexões sobre as aulas síncronas no Ensino Remoto Emergencial Rute Elen do Nascimento0Diene Eire de Mello1Camila Fernandes de Lima Ferreira2Daniela Melaré Vieira Barros3Universidade Estadual de LondrinaUniversidade Estadual de LondrinaUniversidade Estadual de LondrinaDepartamento de Educação e Ensino a Distância, Universidade Aberta, Portugal. A pandemia chegou ao Brasil no início do ano de 2020, exigindo assim, que as aulas fossem ministradas em diversos formatos, entre eles, o uso de plataformas para acompanhamento e aulas por meio de videoconferência. As aulas passaram de presenciais em salas físicas para salas on-line. Entretanto, dentre as diversas dificuldades encontradas, uma causou grandes críticas dos professores, a “não abertura de câmeras” pelos estudantes. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo compreender a visão dos estudantes no que se refere a abertura de câmeras no decorrer do ERE (Ensino Remoto Emergencial) e identificar quais as principais causas não desveladas para a grande quantidade de estudantes não abrirem as câmeras no decorrer das aulas.  O estudo em questão, de abordagem qualitativa, teve como fonte de dados um questionário on-line enviado de forma conveniente a estudantes do Ensino Superior de várias instituições brasileiras (públicas e privadas) por meio da plataforma Google Formulários. Ao todo, responderam o instrumento 269 estudantes. Os resultados apontam diversas justificativas para a não abertura das câmeras como: falta de privacidade, ambiente inadequado, falta de obrigatoriedade e equipamentos e rede inadequados para o ERE. Os dados revelam que os estudantes tiveram muitas dificuldades nesse formato de estudo, e muitas delas não se referem exatamente às especificidades das aulas remotas síncronas mediadas pelas tecnologias, mas pelas próprias condições de vida dos estudantes. Assim, a análise aponta que as mudanças da sala de aula presencial para a sala virtual implicaram não só em mudanças pedagógicas ou estratégicas didáticas, mas em alterações profundas no modo de ser e estar em uma sala on-line.  https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/48267Ensino Remoto EmergencialAbertura de Câmeras. Ensino superior.
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