Mikhail Bakhtin e Manoel de Barros: entre o cronotopo e a infância

Neste artigo aproximamos a infância, o espaço e o tempo através da literatura e da filosofia. Partimos da leitura que Bakhtin faz das obras de François Rabelais, no contexto do realismos grotesco, e do conceito de cronotopo aí formulado. Bakhtin constrói uma perspectiva filosófica de espaço-tempo ab...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Paloma Dias Silveira, Margarete Ax
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2015-04-01
Series:Bakhtiniana: Revista de Estudos do Discurso
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2176-45732015000100176&lng=en&nrm=iso&tlng=pt&ORIGINALLANG=pt
Description
Summary:Neste artigo aproximamos a infância, o espaço e o tempo através da literatura e da filosofia. Partimos da leitura que Bakhtin faz das obras de François Rabelais, no contexto do realismos grotesco, e do conceito de cronotopo aí formulado. Bakhtin constrói uma perspectiva filosófica de espaço-tempo aberto e coletivo, de liberdade e criação. A literatura de Manoel de Barros, por sua vez, materializa um cronotopo, afirmando uma visão de mundo e de homem no embate entre sentidos e valores. Chegamos ao entendimento de que os poemas de Barros possuem uma estética particular que se aproxima daquela analisada por Bakhtin. É regida por uma relação espaço-temporal que trabalha com a infância associada à criação, envolvendo o espaço-tempo do inútil e da contemplação, o rebaixamento do olhar, o renascimento e a produção de vizinhanças entre elementos heterogêneos.
ISSN:2176-4573
2176-4573