Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais

Os governos latino-americanos da Colômbia e do Brasil oferecem serviços de saúde para as populações rurais que, segundo os próprios movimentos camponeses, na maioria das vezes, não contemplam suas necessidades específicas. Na busca de melhor entender essa realidade, foi realizada uma análise das exp...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Julián Eduardo Medina-Naranjo, Ana Lucia de Jesus Almeida
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual Paulista (UNESP) 2018-12-01
Series:Revista NERA
Subjects:
Online Access:https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/5865/4604
_version_ 1797327399045562368
author Julián Eduardo Medina-Naranjo
Ana Lucia de Jesus Almeida
author_facet Julián Eduardo Medina-Naranjo
Ana Lucia de Jesus Almeida
author_sort Julián Eduardo Medina-Naranjo
collection DOAJ
description Os governos latino-americanos da Colômbia e do Brasil oferecem serviços de saúde para as populações rurais que, segundo os próprios movimentos camponeses, na maioria das vezes, não contemplam suas necessidades específicas. Na busca de melhor entender essa realidade, foi realizada uma análise das experiências relacionadas à saúde e às práticas espaciais das comunidades camponesas no Brasil e na Colômbia, refletindo sobre suas condições, seus conhecimentos, as influencias que estes conhecimentos têm, procurando identificar a realidade dos atendimentos em saúde para estas comunidades e escutando a opinião da população rural sobre essa temática. Entendendo que a promoção à saúde está para além de somente morar no campo, ressaltamos ser necessário condições mínimas para garantir a qualidade de vida, através do cuidado com a natureza, com a água e com a alimentação. No Brasil, a forte influência da cidade no campo faz com que as comunidades estejam dependentes dos produtos e processos que a urbanidade oferece. Na Colômbia, o choque com as realidades urbanas tem sido ainda mais forte, uma vez que os indígenas têm precisado viver numa realidade que desconheciam nas suas comunidades ancestrais e tem precisado conviver com pessoas que não os escutam nem os entendem nem estão abertos a entendê-los. Esta constante dicotomia entre campo e cidade, nas duas realidades visitadas, faz com que as práticas espaciais passem por modificações constantemente. Da visita no resguardo indígena se aprendeu que a saúde tem se enfraquecido porque a ‘Madre Tierra’ não está sendo respeitada.
first_indexed 2024-03-08T06:38:33Z
format Article
id doaj.art-a9e5b264ee7a45a2af2cba49dc212038
institution Directory Open Access Journal
issn 1806-6755
language English
last_indexed 2024-03-08T06:38:33Z
publishDate 2018-12-01
publisher Universidade Estadual Paulista (UNESP)
record_format Article
series Revista NERA
spelling doaj.art-a9e5b264ee7a45a2af2cba49dc2120382024-02-03T09:38:12ZengUniversidade Estadual Paulista (UNESP)Revista NERA1806-67552018-12-012145122146https://doi.org/10.47946/rnera.v21i45.5865Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciaisJulián Eduardo Medina-Naranjo0https://orcid.org/0000-0002-3262-8674Ana Lucia de Jesus Almeida1https://orcid.org/0000-0002-5281-0676Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI)Universidade Estadual Paulista (UNESP) - Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT)Os governos latino-americanos da Colômbia e do Brasil oferecem serviços de saúde para as populações rurais que, segundo os próprios movimentos camponeses, na maioria das vezes, não contemplam suas necessidades específicas. Na busca de melhor entender essa realidade, foi realizada uma análise das experiências relacionadas à saúde e às práticas espaciais das comunidades camponesas no Brasil e na Colômbia, refletindo sobre suas condições, seus conhecimentos, as influencias que estes conhecimentos têm, procurando identificar a realidade dos atendimentos em saúde para estas comunidades e escutando a opinião da população rural sobre essa temática. Entendendo que a promoção à saúde está para além de somente morar no campo, ressaltamos ser necessário condições mínimas para garantir a qualidade de vida, através do cuidado com a natureza, com a água e com a alimentação. No Brasil, a forte influência da cidade no campo faz com que as comunidades estejam dependentes dos produtos e processos que a urbanidade oferece. Na Colômbia, o choque com as realidades urbanas tem sido ainda mais forte, uma vez que os indígenas têm precisado viver numa realidade que desconheciam nas suas comunidades ancestrais e tem precisado conviver com pessoas que não os escutam nem os entendem nem estão abertos a entendê-los. Esta constante dicotomia entre campo e cidade, nas duas realidades visitadas, faz com que as práticas espaciais passem por modificações constantemente. Da visita no resguardo indígena se aprendeu que a saúde tem se enfraquecido porque a ‘Madre Tierra’ não está sendo respeitada.https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/5865/4604geografia ruraldesenvolvimento ruralsaúde públicapráticas espaciais
spellingShingle Julián Eduardo Medina-Naranjo
Ana Lucia de Jesus Almeida
Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
Revista NERA
geografia rural
desenvolvimento rural
saúde pública
práticas espaciais
title Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
title_full Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
title_fullStr Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
title_full_unstemmed Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
title_short Brasil e Colômbia: desenvolvimento, saúde e práticas espaciais
title_sort brasil e colombia desenvolvimento saude e praticas espaciais
topic geografia rural
desenvolvimento rural
saúde pública
práticas espaciais
url https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/5865/4604
work_keys_str_mv AT julianeduardomedinanaranjo brasilecolombiadesenvolvimentosaudeepraticasespaciais
AT analuciadejesusalmeida brasilecolombiadesenvolvimentosaudeepraticasespaciais