Summary: | RESUMO: Entre meados do século XIX e fins da década de 1930 foram criadas no Brasil numerosas sociedades ginásticas cujo principal objetivo era, por meio de uma forma específica de educação do corpo, o Turnen, contribuir para a formação das comunidades teuto-brasileiras e para a manutenção de sua herança cultural em benefício do país que os acolhera. A partir das primeiras décadas do século XX, entretanto, o esporte passa a ganhar espaço entre essas sociedades e, como uma criação estrangeira, é envolvido por discussões e questionamentos acerca de seus possíveis benefícios educativos e higiênicos. Neste artigo, analisamos como ginástica e esporte foram apropriados pelas sociedades ginásticas como elementos de educação do corpo e manutenção identitária. Percebe-se que a resistência inicial à inserção do esporte está mais vinculada à preservação da ginástica como uma “herança” nacional alemã, e apresenta-se em diálogo com as discussões que se davam sobre o tema na Alemanha.
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