Movimentos e(m) desertos: as trilhas da existência entre quilombolas de Goiás
Resumo Neste artigo, exploro as variações semânticas da noção de deserto e sua relação com movimento entre os quilombolas de Família Magalhães (Nova Roma, GO). O grupo é originário dos kalungas, negros escravizados em fuga que viviam, desde o século 17, escondidos pelos vales do rio Paranã. A dose d...
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Universidade Federal do Rio de Janeiro
2021-09-01
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spelling | doaj.art-ac02de3550ef4c078659f2cf8ada2f682022-12-21T19:32:33ZengUniversidade Federal do Rio de JaneiroMana1678-49442021-09-0127210.1590/1678-49442021v27n2a202Movimentos e(m) desertos: as trilhas da existência entre quilombolas de GoiásDaniela Carolina Peruttihttps://orcid.org/0000-0002-9449-1087Resumo Neste artigo, exploro as variações semânticas da noção de deserto e sua relação com movimento entre os quilombolas de Família Magalhães (Nova Roma, GO). O grupo é originário dos kalungas, negros escravizados em fuga que viviam, desde o século 17, escondidos pelos vales do rio Paranã. A dose de invisibilidade que a região lhes proporcionava foi essencial para garantir sua existência em liberdade. Se hoje a região é tida pelos munícipes como lugar de falta, um deserto em vias de desaparecer, os Magalhães fazem dela potência criativa. É sob a iminência do deserto que tais quilombolas percorrem suas trilhas, entrelaçam movimentos, se produzem continuamente enquanto povo “amigueiro”, cultivam relações de vizinhança, intervêm nas políticas públicas sobre suas terras. Cultivar relações de amizade é, por um lado, condição necessária para que saiam do deserto e, por outro, o deserto é necessário para manterem o seu modo ser.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-93132021000200202&tlng=ptMobilidadeGoiásQuilomboTerritórioAmizade |
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