CONFLITOS E TRAUMAS NO RENASCIMENTO EM PORTUGAL

<p>Num século em que a abertura à modernidade trouxe um ardor renovado pelos ideais da Antiguidade Clássica, assimilados aos valores do Cristianismo – raízes da Civilização do Ocidental –,consuma-se a perda de Constantinopla e assiste-se ao crescente domínio turco e à defesa concertada contra...

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Bibliographic Details
Main Author: Nair Castro Soares
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Coimbra University Press 2016-04-01
Series:Humanitas
Subjects:
Online Access:http://impactum-journals.uc.pt/index.php/humanitas/article/view/2348
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description <p>Num século em que a abertura à modernidade trouxe um ardor renovado pelos ideais da Antiguidade Clássica, assimilados aos valores do Cristianismo – raízes da Civilização do Ocidental –,consuma-se a perda de Constantinopla e assiste-se ao crescente domínio turco e à defesa concertada contra o seu avanço; à grande gesta dos Descobrimentos, com as inevitáveis guerras de conquista; à Reforma protestante e às guerras de religião, qual Hidra de Lerna, no dizer de Erasmo; aos conflitos armados entre príncipes cristãos, que Camões interpela no Canto VII de <em>Os Lusíadas</em>.</p><p>A Reforma de Lutero, Calvino, Henrique VIII fragmentaram a inconsútil túnica de Cristo e puseram fim à unidade da <em>Respublica Christiana</em>, que se tornou em Ocidente dos Estados. Marcantes nesta época foram o pragmatismo político de Maquiavel; o papel da ciência juridica, na definição do direito internacional e do direito dos povos.</p><p>Em Portugal, muitos foram os conflitos decorrentes da política de expansão e da acção dos sucessivos monarcas, desde os inícios da Segunda Dinastia ao reinado de D. Sebastião: exílios, perseguições, sobretudo a partir da introdução da Inquisição (1536), desastres naturais e, enfim, a perda da independência, a marcar o ocaso do Século de Ouro. </p>
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