Summary: | Diante das mudanças ocorridas na arte das últimas décadas, os critérios estéticos tradicionais perdem sua eficácia para pensar a produção artística contemporânea. Consequentemente, a recepção da obra de arte, assentada na tradição, torna-se inócua. Neste artigo apresento a necessidade de uma reconfiguração da recepção do objeto artístico a partir da crítica não normativa da obra de arte, cunhada por Walter Benjamin, em associação às reflexões sobre estética e filosofia da arte desenvolvidas por Arthur Danto. A aproximação entre esses dois autores, embora mantenha uma dimensão controversa, propõe rearticular aspectos do pensamento benjaminiano sobre a arte, corroborando sua crítica ao ideal forjado pela razão iluminista. Assim, o presente artigo expõe o problema da estética e da história partindo do olhar que o contemporâneo lança ao passado, o qual ressignifica importantes modificações que o século XVIII introduziu no conceito de arte.
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