Fulguraçao e radiofreqüência na taquicardia ventricular
Durante um período de 10 anos, 89 casos de taquicardia ventricular (TV) resistentes aos antiarrítmicos foram tratados pelo método da fulguraçao. A série foi composta por: 37 casos de enfarte do miocárdio, com fraçao de ejeçao média de 30%, onde o acompanhamento médio dos sobreviventes foi de 61 mese...
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Linceu Editorial
1995-10-01
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author | G. ONTAINE R. FRANK Y. GALLAIS F. ROSAS ANDRADE J. TONET G. LASCAULT P. AOUATE F. POULAIN |
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description | Durante um período de 10 anos, 89 casos de taquicardia ventricular (TV) resistentes aos antiarrítmicos foram tratados pelo método da fulguraçao. A série foi composta por: 37 casos de enfarte do miocárdio, com fraçao de ejeçao média de 30%, onde o acompanhamento médio dos sobreviventes foi de 61 meses e a eficácia clínica foi de 87,9%; 23 casos de displasia arritmogênica do ventrículo direito, em que a média de idade foi de 40 anos e a fraçao de ejeçao média de 57%, acompanhados durante 71 meses em média, com eficácia clínica de 83%; 12 pacientes que apresentavam TV sensíveis ao verapamil (fasciculares), com idade média de 30 anos e fraçao de ejeçao média de 65%, sendo o seu acompanhamento médio de 55 meses e eficácia clínica de 100%; 10 pacientes portadores de cardiomiopatia idiopática dilatada, idade média de 35 anos e fraçao de ejeçao média de 23% que, acompanhados por 38 meses, permitiram constatar uma eficácia clínica de 80%; 4 outros pacientes, com idade média de 21 anos, doenças congênitas operadas e com fraçao de ejeçao média de 60%, em que um acompanhamento de 36 meses demonstrou eficácia clínica de 100%. Por fim, 3 pacientes com taquicardias ventriculares idiopáticas infundibulares, idade média de 36 anos e fraçao de ejeçao média de 62%, acompanhados durante um período de 72 meses, com uma eficácia clínica de 67%. Complicaçoes nao letais foram observadas em 16% dos casos, notadamente o hemopericárdio, observado em 4,5% dos casos, tendo implicado em pericardiocentese. A mortalidade operatória no mês posterior à ablaçao foi de 9,2%, sendo principalmente observada durante a fase de aprendizagem. Em conclusao, ainda que nao seja isenta de riscos, em maos experientes a fulguraçao obteve resultados notáveis na maioria dos casos. Continua a ser indicada nas TV resistentes à radiofrequência, o que foi observado em mais da metade dos casos numa série preliminar de 41 pacientes. |
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spelling | doaj.art-aed8c17448cb43c588d50d8f07c80b542022-12-22T02:12:09ZengLinceu EditorialJournal of Cardiac Arrhythmias2674-74721995-10-0183Fulguraçao e radiofreqüência na taquicardia ventricular G. ONTAINE R. FRANK Y. GALLAIS F. ROSAS ANDRADE J. TONET G. LASCAULT P. AOUATE F. POULAINDurante um período de 10 anos, 89 casos de taquicardia ventricular (TV) resistentes aos antiarrítmicos foram tratados pelo método da fulguraçao. A série foi composta por: 37 casos de enfarte do miocárdio, com fraçao de ejeçao média de 30%, onde o acompanhamento médio dos sobreviventes foi de 61 meses e a eficácia clínica foi de 87,9%; 23 casos de displasia arritmogênica do ventrículo direito, em que a média de idade foi de 40 anos e a fraçao de ejeçao média de 57%, acompanhados durante 71 meses em média, com eficácia clínica de 83%; 12 pacientes que apresentavam TV sensíveis ao verapamil (fasciculares), com idade média de 30 anos e fraçao de ejeçao média de 65%, sendo o seu acompanhamento médio de 55 meses e eficácia clínica de 100%; 10 pacientes portadores de cardiomiopatia idiopática dilatada, idade média de 35 anos e fraçao de ejeçao média de 23% que, acompanhados por 38 meses, permitiram constatar uma eficácia clínica de 80%; 4 outros pacientes, com idade média de 21 anos, doenças congênitas operadas e com fraçao de ejeçao média de 60%, em que um acompanhamento de 36 meses demonstrou eficácia clínica de 100%. Por fim, 3 pacientes com taquicardias ventriculares idiopáticas infundibulares, idade média de 36 anos e fraçao de ejeçao média de 62%, acompanhados durante um período de 72 meses, com uma eficácia clínica de 67%. Complicaçoes nao letais foram observadas em 16% dos casos, notadamente o hemopericárdio, observado em 4,5% dos casos, tendo implicado em pericardiocentese. A mortalidade operatória no mês posterior à ablaçao foi de 9,2%, sendo principalmente observada durante a fase de aprendizagem. Em conclusao, ainda que nao seja isenta de riscos, em maos experientes a fulguraçao obteve resultados notáveis na maioria dos casos. Continua a ser indicada nas TV resistentes à radiofrequência, o que foi observado em mais da metade dos casos numa série preliminar de 41 pacientes.https://www.jca.org.br/jca/article/view/3162fulguraçao, radiofreqüência, taquicardia ventricular |
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