“Entalados” nas fachadas de Lisboa. Práticas escultóricas na construção de rendimento na década de 1950. O bairro de Alvalade
Na década de 1950, vulgarizou-se na cidade de Lisboa uma prática escultórica muito específica que caracterizou os chamados prédios de rendimento. Os “entalados”, tal como lhes chamou Keil do Amaral, eram esculturas ou relevos colocados em espaços relativamente pequenos, geralmente encimando as entr...
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| Published: |
Câmara Municipal de Lisboa
2017-06-01
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| Series: | Cadernos do Arquivo Municipal |
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| Online Access: | https://cadernosarquivo.cm-lisboa.pt/index.php/am/article/view/211 |
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| author | Inês Marques |
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Na década de 1950, vulgarizou-se na cidade de Lisboa uma prática escultórica muito específica que caracterizou os chamados prédios de rendimento. Os “entalados”, tal como lhes chamou Keil do Amaral, eram esculturas ou relevos colocados em espaços relativamente pequenos, geralmente encimando as entradas principais dos edifícios. Embora muitas vezes realizadas por escultores com formação académica, estas obras tinham um estatuto ambíguo, entre a cantaria artística e a escultura. Por se considerarem elementos decorativos, iam povoando a cidade sem grande controlo dos poderes públicos, contrariamente à escultura e estatuária monumental. Considerando o conjunto de intervenções escultóricas existentes no bairro de Alvalade, este texto contextualiza o surgimento dos “entalados”, descreve esta prática escultórica – muito criticada por Keil e outros artistas e arquitetos modernos – e mostra, através de um caso concreto, como a sua presença colidiu por vezes também com as sensibilidades oficiais da época.
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| publishDate | 2017-06-01 |
| publisher | Câmara Municipal de Lisboa |
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| series | Cadernos do Arquivo Municipal |
| spelling | doaj.art-af5a20bdc70c405faa829b6173916ba82023-03-08T15:28:37ZengCâmara Municipal de LisboaCadernos do Arquivo Municipal2183-31762017-06-01710.48751/CAM-2017-7211“Entalados” nas fachadas de Lisboa. Práticas escultóricas na construção de rendimento na década de 1950. O bairro de AlvaladeInês Marques0Universidade Lusófona, Portugal Na década de 1950, vulgarizou-se na cidade de Lisboa uma prática escultórica muito específica que caracterizou os chamados prédios de rendimento. Os “entalados”, tal como lhes chamou Keil do Amaral, eram esculturas ou relevos colocados em espaços relativamente pequenos, geralmente encimando as entradas principais dos edifícios. Embora muitas vezes realizadas por escultores com formação académica, estas obras tinham um estatuto ambíguo, entre a cantaria artística e a escultura. Por se considerarem elementos decorativos, iam povoando a cidade sem grande controlo dos poderes públicos, contrariamente à escultura e estatuária monumental. Considerando o conjunto de intervenções escultóricas existentes no bairro de Alvalade, este texto contextualiza o surgimento dos “entalados”, descreve esta prática escultórica – muito criticada por Keil e outros artistas e arquitetos modernos – e mostra, através de um caso concreto, como a sua presença colidiu por vezes também com as sensibilidades oficiais da época. https://cadernosarquivo.cm-lisboa.pt/index.php/am/article/view/211Escultura integradaArte públicaCantaria artísticaEntalados |
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