Influência do tratamento das desordens temporomandibulares na dor e na postura global

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A disfunção temporomandibular é uma síndrome clínica que acomete principalmente músculos mastigatórios e articulações temporomandibulares. Como a articulação temporomandibular está diretamente relacionada à região cervical e escapular por meio de cadeias musculares, altera...

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Bibliographic Details
Main Authors: Flaviane Keiko Azato, Daisilene Baena Castillo, Tulio Marcos Kalife Coelho, Charles Taciro, Paulo Zarate Pereira, Valquiria Zomerfeld, Marcela Galdina da Silva, Elizeu Insarraulde, Gustavo Vinholi
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor
Series:Revista Dor
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-00132013000400009&lng=en&tlng=en
Description
Summary:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A disfunção temporomandibular é uma síndrome clínica que acomete principalmente músculos mastigatórios e articulações temporomandibulares. Como a articulação temporomandibular está diretamente relacionada à região cervical e escapular por meio de cadeias musculares, alterações posturais da coluna podem acarretar distúrbios de articulação temporomandibular, e vice-versa. A relação entre a postura corporal e a disfunção temporomandibular pode estabelecer uma forma de prevenção e reabilitação. Sendo assim o objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do tratamento da disfunção temporomandibular muscular na postura global de indivíduos diagnosticados por meio do Research Diagnostic Criteria for Temporomandibular Disorders. MÉTODOS: Trinta pacientes foram classificados em grupo controle (n=12) (sem diagnóstico clínico de disfunção temporomandibular) e tratamento (n=17) (com diagnóstico de disfunção temporomandibular). Esses pacientes passaram por avaliação postural através da fotogrametria e análise pelo Software de Avaliação Postural. O tratamento consistiu em aconselhamento, fisioterapia caseira e uso do dispositivo interoclusal, monitorado por dois meses. Os pacientes do grupo controle apenas utilizaram o dispositivo interoclusal pelo mesmo período. Após o tratamento, uma nova avaliação foi feita pela fisioterapia. RESULTADOS: Nos pacientes do grupo controle, não ocorreram alterações nas medidas correspondentes ao inicio da intervenção comparado ao pós-tratamento. Já no grupo tratamento, apenas o ângulo de alinhamento vertical da cabeça exibiu resultado estatisticamente significativo (p<0,05). Para análise da melhora da dor foi comparado antes e após o tratamento e obtiveram-se resultados positivos para remissão de sintomas dolorosos. CONCLUSÃO: Pode-se concluir que desvios posturais globais causam adaptações e realinhamento corporal que podem interferir na função e organização da articulação temporomandibular. O tratamento foi efetivo para melhora da dor.
ISSN:1806-0013
2317-6393