Misoprostol sublingual versus vaginal para indução do parto a termo Sublingual versus vaginal misoprostol for labor induction of term pregnancies

OBJETIVO: comparar efetividade e segurança de uso de comprimido sublingual de 25 µg de misoprostol com o comprimido vaginal de 25 µg do misoprostol na indução do parto com idade gestacional e > 37 semanas e colo uterino desfavorável. MÉTODOS: realizou-se ensaio clínico controlado e aleatorizado,...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Olímpio Barbosa de Moraes Filho, Rivaldo Mendes de Albuquerque, Álvaro José Correia Pacheco, Renata Holanda Ribeiro, José Guilherme Cecatti, Stefan Welkovic
Format: Article
Language:English
Published: Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia 2005-01-01
Series:Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032005000100006
Description
Summary:OBJETIVO: comparar efetividade e segurança de uso de comprimido sublingual de 25 µg de misoprostol com o comprimido vaginal de 25 µg do misoprostol na indução do parto com idade gestacional e > 37 semanas e colo uterino desfavorável. MÉTODOS: realizou-se ensaio clínico controlado e aleatorizado, não cego, na Maternidade Monteiro de Morais (CISAM-UPE), em Recife, no período de outubro de 2003 a fevereiro de 2004. Participaram do estudo 123 gestantes com idade gestacional e > 37 semanas, índice de Bishop <8 e fora de trabalho de parto, que apresentavam indicação para interrupção da gravidez. As gestantes aleatoriamente receberam 25 µg de misoprostol sublingual ou 25 µg de misoprostol vaginal a cada seis horas, até uma dose máxima de oito comprimidos (200 µg). Para verificar diferenças entre os grupos foram utilizados média, desvio padrão, teste t de Student, c² para tendência e teste de Mann-Whitney. O valor de significação estatística adotado foi de 5%. RESULTADOS: não houve diferença significativa entre o número de mulheres que tiveram parto por via vaginal no grupo do misoprostol sublingual e no vaginal (65,5% vs 75,8%, p=0,22). Também não foi significativa a diferença do intervalo de tempo entre o início da indução e o parto (24 horas e 42 minutos vs 20 horas e 37 minutos, respectivamente, p=0,11) entre os grupos. Os grupos, sublingual e vaginal, não mostraram também diferenças significativas em relação à síndrome de hiperestimulação (1,7% vs 3,2%, p=0,95), às incidências de mecônio (5,2% vs 4,8%, p=0,74), ao índice de Apgar <7 no quinto minuto (3,4% vs 4,8%, p=0,98) e a outros efeitos adversos. CONCLUSÃO: o misoprostol na dose de 25 mg por via sublingual apresentou a mesma efetividade e segurança quando comparado com a mesma dose vaginal para indução do parto. O misoprostol por via sublingual parece representar mais uma opção a ser considerada na indução do parto.<br>PURPOSE: to compare the effectiveness and safety of sublingual misoprostol (25 µg) versus vaginal misoprostol (25 µg) (Prostokos®) for labor induction with gestational age > 37 weeks and unripe cervices. METHODS: a randomized controlled clinical trial was performed at the Maternidade Monteiro de Morais (CISAM-UPE), in Recife - PE, Brazil, from October 2003 to February 2004. One hundred and twenty-three women with gestational age > 37 weeks, Bishop score <8, not in labor and with medical indication for interruption of pregnancy were included in this study. The women received randomly 25 µg sublingual misoprostol or 25 µg vaginal misoprostol every 6 h, not exceeding eight doses. In order to evaluate the differences between the groups, means, standard deviations, Student's t-test, c² trend and Mann-Whitney test were used. The statistical significance was considered to be 5%. RESULTS: there were no significant differences between the number of women with vaginal delivery in the sublingual group as compared with the vaginal group (65.5 vs 75.8%, p<0.22), or in the interval of time between the induction onset and delivery (24 h and 42 min vs 20 h and 37 min respectively, p=0.11). The two groups, sublingual and vaginal, also did not differ as to the hyperstimulation syndrome (1.7 vs 3.2%, p=0.95), meconium incidence (5.2 vs 4.8%, p=0.74), Apgar score <7 at 5 min (3.4 vs 4.8%, p=0.98) and other adverse effects. CONCLUSION: twenty-five micrograms of sublingual misoprostol every six h presented the same effectiveness and safety as an equal vaginally administered dose of this substance. Sublingual misoprostol seems to be acceptable and is another option to be considered for labor induction.
ISSN:0100-7203