Summary: | O artigo enfatiza os intercâmbios entre gregos e nativos na Magna Grécia, especialmente quando os últimos utilizam formas de expressão emprestadas do modelo grego, como o uso do alfabeto, de inscrições gravadas ou de moedas. Estes empréstimos podem ser percebidos através de alguns estudos de caso, como o horos de Tortora e as emissões monetárias das comunidades itálicas sob a influência de Sybaris. No entanto, estes usos não representam necessariamente a adoção de valores gregos, como mostra a desaprovação do comportamento homossexual tal como o ostrakon de Pisticci. Por outro lado, a inscrição na olpè de Fratte indica a difusão da prática homossexual no ambiente etrusco da Campânia. A evidência epigráfica constitui assim um tipo de fonte bastante adequado para estudos cujo objetivo é de confrontar fontes textuais e artefatos, já que essas inscrições reúnem, num mesmo objeto, as abordagens de análise da cultural material e textual, com análises nuançadas sobre as modalidades de interação cultural entre os gregos e os nativos.
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