| Summary: | O objetivo deste trabalho é o estudo das relações entre desenvolvimento econômico-social e crescimento da educação superior paulista. A tese principal é a de que o Estado de São Paulo, devido a seu desenvolvimento econômico específico, imprimiu características próprias ao ensino superior. A primeira delas é a autonomia em relação ao poder central (non ducor, duco - não sou conduzido, conduzo). A segunda é a forte relação com o desenvolvimento econômico e tecnológico. A terceira, que soa como uma crítica, é o desinteresse (isto é, a tolerância politicamente interesseira) com que o Estado tratou as instituições de ensino superior particulares com fins lucrativos, sobretudo, a partir dos anos 1990. Esse desinteresse acentuou a dicotomia entre instituições universitárias de elevado padrão acadêmico, com grande tradição em pesquisa, e instituições de precário nível acadêmico voltadas apenas para o ensino.Com algumas exceções, essa dicotomia coincide com a distinção administrativa entre público e privado. Tal coincidência, porém, não é natural, é histórica. Sem afrontar a Constituição deveria o Estado de São Paulo preocupar-se (isto é, ser mais rigoroso academicamente) com as instituições particulares de todo o seu território, criando um patamar unitário de qualidade.
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