Balanço e eficiência energética em sistemas de rotação de culturas

O modelo de sistema de produção que vem sendo adotado na maioria das regiões brasileiras, a sucessão de soja/milho segunda safra, é um sistema que vem acarretando problemas na conservação da água e dos solos, e também levando a condições favoráveis para doenças, pragas e plantas daninhas no sistema...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Henrique Giordani Martini Ferreira, Ivan Bordin, Osmar Maziero Buratto, Laíse da Silveira Pontes
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Londrina 2021-10-01
Series:Semina: Ciências Agrárias
Subjects:
Online Access:https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/semagrarias/article/view/43678
Description
Summary:O modelo de sistema de produção que vem sendo adotado na maioria das regiões brasileiras, a sucessão de soja/milho segunda safra, é um sistema que vem acarretando problemas na conservação da água e dos solos, e também levando a condições favoráveis para doenças, pragas e plantas daninhas no sistema agrícola e consequentemente elevando o uso de energia no sistema. A alternativa para esse modelo de produção é a rotação de cultura, no qual, pode interferir diretamente nos pontos problemáticos do sistema de sucessão de culturas e consequentemente no balanço de energia dos sistemas. Portanto, o objetivo do presente estudo é identificar o sistema de rotação de culturas, com melhor balanço e eficiência energética. Os dados de quantidade de insumos (sementes, adubos, defensivos e combustível), mão de obra homem e rendimento de grãos utilizados no estudo, foram coletados de um experimento de rotação de culturas conduzido na estação experimental do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – IAPAR-EMATER, Londrina-PR, durante os anos de 2014 a 2020. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso, com seis tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos do experimento são: T1 (milho segunda safra/soja); T2 (aveia branca/soja; triticale/milho; trigo/soja); T3 (centeio + aveia preta/soja; aveia preta + nabo forrageiro/milho; braquiária/soja); T4 (canola/milho; crambe/milho; canola/soja); T5 (trigo mourisco - nabo forrageiro/milho; feijão/soja; trigo mourisco - aveia branca/soja) e T6 (trigo/milho; canola/milho + braquiária; feijão/soja). As diferentes rotações, bem como o sistema tradicional milho segunda safra/soja, proporcionaram balanço e eficiência energética positiva, ou seja, produziram mais energia do que consumiram. O sistema de rotação com canola/milho; crambe/milho; canola/soja apresentou o maior balanço e maior eficiência energética, com 866.442,27 MJ ha-1 e 10,27, respectivamente, em decorrência principalmente do cultivo do milho no verão, que resultou maior retorno energético em relação às demais culturas produtoras de grãos.
ISSN:1676-546X
1679-0359