Oclusão intestinal na doença maligna avançada

A oclusão intestinal é uma das complicações das doenças neoplásicas avançadas, chegando a ter uma incidência de 15%, conforme dados fornecidos por Unidades de Cuidados Paliativos. O quadro clínico é semelhante ao verificado nos casos de obstrução intestinal de causa não maligna. A cirurgia ainda é o...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Carolina Monteiro, Ferraz Gonçalves
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2000-09-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9807
Description
Summary:A oclusão intestinal é uma das complicações das doenças neoplásicas avançadas, chegando a ter uma incidência de 15%, conforme dados fornecidos por Unidades de Cuidados Paliativos. O quadro clínico é semelhante ao verificado nos casos de obstrução intestinal de causa não maligna. A cirurgia ainda é o tratamento de eleição nesta situação. Contudo, a decisão para a intervenção cirúrgica depende de vários factores, principalmente do estado geral dos doentes, muitas vezes com grande debilidade e caquexia, alguns em fase terminal da sua doença, em quem o risco cirúrgico é maior. Também o desejo do doente e da família é um elemento importante na decisão. Assim, quando a cirurgia não é possível, o doente deve ser tratado duma forma conservadora e de acordo com os sintomas que apresenta. As dores abdominais, as náuseas e os vómitos têm sido actualmente tratados com êxito e os resultados obtidos com o uso dos analgésicos, antieméticos e outros fármacos têm permitido que, em Cuidados Paliativos, outras formas de tratamento invasivo, como é o caso da intubação nasogástrica e das infusões endovenosas por períodos prolongados, raramente sejam necessários. Desta forma é possível a ingestão de líquidos e, em alguns casos, uma refeição ligeira.
ISSN:2182-5181