HISTOPLASMOSE PULMONAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: UM RELATO DE CASO
Introdução: A histoplasmose é uma doença fúngica, sistêmica, mais prevalente nos trópicos e nas américas. Pouco se sabe sobre sua distribuição no Brasil, por não ser objeto de vigilância epidemiológica de rotina, nem notificação compulsória, sendo muito subnotificada. A histoplasmose tende a ter um...
Main Authors: | , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Brazilian Journal of Infectious Diseases |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023005561 |
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author | Fernanda Prohmann Villas Boas Sarah Souza Santos Renata Peixoto Machado Ramon Reis Silva Raquel Mascarenhas Freitas |
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description | Introdução: A histoplasmose é uma doença fúngica, sistêmica, mais prevalente nos trópicos e nas américas. Pouco se sabe sobre sua distribuição no Brasil, por não ser objeto de vigilância epidemiológica de rotina, nem notificação compulsória, sendo muito subnotificada. A histoplasmose tende a ter um curso benigno, majoritariamente assintomático. Relato de Caso: Sexo masculino, 3 anos, previamente hígido, é internado com febre há 7 dias, tosse, dor abdominal, edema de membros inferiores, diurese concentrada e dejeções ausentes há 3 dias. Exames laboratoriais revelaram hemoglobina 9,0 g/dL, leucócitos 20.500 mm3, Aspartato Aminotransferase (AST) 70 U/L, Alanina Aminotransferase (ALT) 44 U/L, gama-glutamiltransferase 287 U/L, fosfatase alcalina 313 U/L e proteína c-reativa 149,1 U/L. Ao Raio X de tórax, infiltrados nodulares difusos bilaterais e áreas de condensação. É tratado com Azitromicina + Ceftriaxona por suspeita de pneumonia bilateral, sem sinais de melhora e persistência da febre. São solicitadas sorologias para citomegalovírus, vírus da imunodeficiência humana, leishmaniose e baciloscopia para tuberculose, que resultam negativos, e sorologia para Epstein-barr vírus, IgG e IgM positivos. Para seguimento diagnóstico, é realizada Tomografia Computadorizada (TC) de tórax com múltiplos focos de consolidação randômicos e bilaterais, linfonodopatias mediastinais e hilares bilaterais, sugestivo de processo inflamatório/infeccioso, possivelmente doença granulomatosa fúngica. Hepatoesplenomegalia discreta é evidenciada por TC de abdome. Realiza biópsia pulmonar guiada, por suspeita de infecção fúngica, cuja análise anatomopatológica evidenciou pneumonia, numerosas estruturas fúngicas (Grocott+) compatíveis com histoplasmose pulmonar. Diante disso, é iniciada terapia com anfotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia, porém paciente apresenta reação à droga, com febre, tremores e vômitos. É iniciada anfotericina B complexo lipídico, 5 mg/kg/dia por 14 dias, com melhor aceitação. Paciente recebe alta em bom estado geral com droga para manutenção do tratamento, Itraconazol, 1 cápsula, via oral de 12/12h por 10 semanas. Comentários: A histoplasmose é comumente assintomática ou se manifesta como uma síndrome gripal, mas pode ser mais grave em pacientes imunocomprometidos ou lactentes, que estão mais suscetíveis à forma disseminada. Relata-se um caso de histoplasmose pulmonar sintomática, com manifestações de gravidade em criança previamente hígida. |
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spelling | doaj.art-b2f8a921f7b7466687e799dafd0a4e742023-11-16T06:08:01ZengElsevierBrazilian Journal of Infectious Diseases1413-86702023-10-0127103296HISTOPLASMOSE PULMONAR EM PACIENTE PEDIÁTRICO: UM RELATO DE CASOFernanda Prohmann Villas Boas0Sarah Souza Santos1Renata Peixoto Machado2Ramon Reis Silva3Raquel Mascarenhas Freitas4Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil; Corresponding author.Centro Universitário de Excelência ‒ Feira de Santana, Feira de Santana, BA, BrasilCentro Universitário de Excelência ‒ Feira de Santana, Feira de Santana, BA, BrasilUniversidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, BrasilUniversidade Federal do Recôncavo Baiano, Feira de Santana, BA, BrasilIntrodução: A histoplasmose é uma doença fúngica, sistêmica, mais prevalente nos trópicos e nas américas. Pouco se sabe sobre sua distribuição no Brasil, por não ser objeto de vigilância epidemiológica de rotina, nem notificação compulsória, sendo muito subnotificada. A histoplasmose tende a ter um curso benigno, majoritariamente assintomático. Relato de Caso: Sexo masculino, 3 anos, previamente hígido, é internado com febre há 7 dias, tosse, dor abdominal, edema de membros inferiores, diurese concentrada e dejeções ausentes há 3 dias. Exames laboratoriais revelaram hemoglobina 9,0 g/dL, leucócitos 20.500 mm3, Aspartato Aminotransferase (AST) 70 U/L, Alanina Aminotransferase (ALT) 44 U/L, gama-glutamiltransferase 287 U/L, fosfatase alcalina 313 U/L e proteína c-reativa 149,1 U/L. Ao Raio X de tórax, infiltrados nodulares difusos bilaterais e áreas de condensação. É tratado com Azitromicina + Ceftriaxona por suspeita de pneumonia bilateral, sem sinais de melhora e persistência da febre. São solicitadas sorologias para citomegalovírus, vírus da imunodeficiência humana, leishmaniose e baciloscopia para tuberculose, que resultam negativos, e sorologia para Epstein-barr vírus, IgG e IgM positivos. Para seguimento diagnóstico, é realizada Tomografia Computadorizada (TC) de tórax com múltiplos focos de consolidação randômicos e bilaterais, linfonodopatias mediastinais e hilares bilaterais, sugestivo de processo inflamatório/infeccioso, possivelmente doença granulomatosa fúngica. Hepatoesplenomegalia discreta é evidenciada por TC de abdome. Realiza biópsia pulmonar guiada, por suspeita de infecção fúngica, cuja análise anatomopatológica evidenciou pneumonia, numerosas estruturas fúngicas (Grocott+) compatíveis com histoplasmose pulmonar. Diante disso, é iniciada terapia com anfotericina B desoxicolato 1 mg/kg/dia, porém paciente apresenta reação à droga, com febre, tremores e vômitos. É iniciada anfotericina B complexo lipídico, 5 mg/kg/dia por 14 dias, com melhor aceitação. Paciente recebe alta em bom estado geral com droga para manutenção do tratamento, Itraconazol, 1 cápsula, via oral de 12/12h por 10 semanas. Comentários: A histoplasmose é comumente assintomática ou se manifesta como uma síndrome gripal, mas pode ser mais grave em pacientes imunocomprometidos ou lactentes, que estão mais suscetíveis à forma disseminada. Relata-se um caso de histoplasmose pulmonar sintomática, com manifestações de gravidade em criança previamente hígida.http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023005561HistoplasmosePediatriaPneumopatias fúngicas |
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