"Los rubios" e os limites da noção de pós-memória
A noção de pós-memória, de Marianne Hirsch, é recorrente nas análises dos documentários realizados por filhos de vítimas das ditaduras do Cone Sul. Articulando a carga afetiva da lembrança, os laços consanguíneos e a indicialidade fotográfica, suas premissas dão concretude à transmissão intergeracio...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade de São Paulo
2015-12-01
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Series: | Significação: Revista de Cultura Audiovisual |
Subjects: | |
Online Access: | https://www.revistas.usp.br/significacao/article/view/103652 |
Summary: | A noção de pós-memória, de Marianne Hirsch, é recorrente nas análises dos documentários realizados por filhos de vítimas das ditaduras do Cone Sul. Articulando a carga afetiva da lembrança, os laços consanguíneos e a indicialidade fotográfica, suas premissas dão concretude à transmissão intergeracional de memórias traumáticas. Por sua vez, o documentário Los rubios (Os loiros, 2003), de Albertina Carri, filha de desaparecidos da ditadura argentina, é radicalmente reflexivo. O filme se recusa a herdar uma visão épica da resistência, questionando a própria possibilidade da rememoração. O objetivo do artigo é problematizar a noção de pós-memória a partir da análise de Los rubios. A hipótese é que, ao invés de um legado natural, o que existe entre as gerações é um espaço cruzado por heranças e apropriações, transmissões de memória e transferências culturais. |
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ISSN: | 1516-4330 2316-7114 |