Técnicas Transobturadoras na Incontinência Urinária de Esforço Feminina
Introdução: A incontinência urinária de esforço afeta 20 a 40% das mulheres. Os slings colocados sob a uretra média, aplicados por via transobturadora, são a terapêutica consensualmente aceite na atualidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e possíveis complicações associadas à aplicação...
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Ordem dos Médicos
2014-08-01
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Series: | Acta Médica Portuguesa |
Online Access: | https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4869 |
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author | Ana Sousa André Jesus Maria Carvalho Giselda Carvalho João Marques Francisco Falcão Isabel Torgal |
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Introdução: A incontinência urinária de esforço afeta 20 a 40% das mulheres. Os slings colocados sob a uretra média, aplicados por via transobturadora, são a terapêutica consensualmente aceite na atualidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e possíveis complicações associadas à aplicação dos slings colocados por via transobturadora no tratamento da incontinência urinária de esforço.
Material e Métodos: Avaliaram-se retrospetivamente 363 doentes submetidas a cirurgia de incontinência urinária de esforço por via transobturadora, nos Hospitais da Universidade de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no período de 1 Janeiro de 2008 a 1 Julho de 2010.
Resultados: A média das idades das doentes foi de 56 anos [28 -86]. Além da correção da incontinência urinária de esforço, em 13,5% das mulheres foi associada outra cirurgia vaginal. A maioria (95,3%) das mulheres apresentou hipermobilidade da uretra. Ocorreram complicações per-operatórias em 0,8%, complicações pós-operatórias imediatas em 5,2% e complicações pós-operatórias tardias em 15,7%. A taxa de sucesso global foi de 93,7%. A taxa de sucesso nas doentes com uretra fixa foi 77,8%, verificando-se melhores resultados (94,5%) naquelas com hipermobilidade da uretra (p = 0,02). A taxa de sucesso foi comparável nas doentes com e sem cirurgias vaginais associadas.
Discussão: As técnicas transobturadoras têm taxas de sucesso elevadas, tendo-se tornado o tratamento de primeira linha para as doentes com IUE, independentemente se tratadas pela técnica outside-in (TOT®) ou pela inside-out (TVT-O®). Ambas as técnicas foram concebidas com o intuito de evitar a passagem no espaço retropúbico, reduzindo assim o número de complicações.
Conclusão: As taxas de cura para as abordagens transobturadoras oscilam entre 80 e 95%. A taxa de cura aumenta quando o mecanismo responsável pela incontinência urinária de esforço é a hipermobilidade da uretra, contudo não é alterada quando são realizadas concomitantemente outras cirurgias vaginais.
Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço; Slings Suburetrais.
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spelling | doaj.art-b367873d79eb49c283d1d1811f52bcb12022-12-22T03:54:45ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582014-08-0127410.20344/amp.4869Técnicas Transobturadoras na Incontinência Urinária de Esforço FemininaAna Sousa0André Jesus1Maria Carvalho2Giselda Carvalho3João Marques4Francisco Falcão5Isabel Torgal6Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal.Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Hospital de São Francisco Xavier. Lisboa. Portugal. Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Faculdade de Medicina. Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. Portugal. Introdução: A incontinência urinária de esforço afeta 20 a 40% das mulheres. Os slings colocados sob a uretra média, aplicados por via transobturadora, são a terapêutica consensualmente aceite na atualidade. O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e possíveis complicações associadas à aplicação dos slings colocados por via transobturadora no tratamento da incontinência urinária de esforço. Material e Métodos: Avaliaram-se retrospetivamente 363 doentes submetidas a cirurgia de incontinência urinária de esforço por via transobturadora, nos Hospitais da Universidade de Coimbra do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, no período de 1 Janeiro de 2008 a 1 Julho de 2010. Resultados: A média das idades das doentes foi de 56 anos [28 -86]. Além da correção da incontinência urinária de esforço, em 13,5% das mulheres foi associada outra cirurgia vaginal. A maioria (95,3%) das mulheres apresentou hipermobilidade da uretra. Ocorreram complicações per-operatórias em 0,8%, complicações pós-operatórias imediatas em 5,2% e complicações pós-operatórias tardias em 15,7%. A taxa de sucesso global foi de 93,7%. A taxa de sucesso nas doentes com uretra fixa foi 77,8%, verificando-se melhores resultados (94,5%) naquelas com hipermobilidade da uretra (p = 0,02). A taxa de sucesso foi comparável nas doentes com e sem cirurgias vaginais associadas. Discussão: As técnicas transobturadoras têm taxas de sucesso elevadas, tendo-se tornado o tratamento de primeira linha para as doentes com IUE, independentemente se tratadas pela técnica outside-in (TOT®) ou pela inside-out (TVT-O®). Ambas as técnicas foram concebidas com o intuito de evitar a passagem no espaço retropúbico, reduzindo assim o número de complicações. Conclusão: As taxas de cura para as abordagens transobturadoras oscilam entre 80 e 95%. A taxa de cura aumenta quando o mecanismo responsável pela incontinência urinária de esforço é a hipermobilidade da uretra, contudo não é alterada quando são realizadas concomitantemente outras cirurgias vaginais. Palavras-chave: Incontinência Urinária de Esforço; Slings Suburetrais. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/4869 |
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