Maria Aragão e a “batalha da memória” envolvendo a ditadura civil-militar

Maria Aragão foi médica, militante do Partido Comunista Brasileiro e, posteriormente, da chamada “corrente prestista” no Maranhão. A fase final de sua vida e seguinte à morte foram marcadas por uma série de homenagens e construções de documentos biográficos e autobiográficos, conferindo à construçã...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Marcelo Fontenelle e Silva
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 2021-09-01
Series:Em Tese
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/emtese/article/view/78267
Description
Summary:Maria Aragão foi médica, militante do Partido Comunista Brasileiro e, posteriormente, da chamada “corrente prestista” no Maranhão. A fase final de sua vida e seguinte à morte foram marcadas por uma série de homenagens e construções de documentos biográficos e autobiográficos, conferindo à construção de sua memória um lugar central na construção da memória da ditadura civil-militar no Maranhão. Este trabalho parte dos documentos autobiográficos escritos por Maria Aragão e reunidos em dois livros e em uma revista publicada em 1988. Tem-se por objetivo avaliar o significado destas produções em meio aos embates, ocorridos tanto em âmbito nacional quanto estadual, pela reconstrução do passado recente após o período ditatorial. Destaca-se a omissão do apoio/colaboração de agentes políticos e setores da sociedade, além da construção de uma versão memorialística apaziguadora, onde praticamente todos encontram um lugar na “luta contra a Ditadura”.
ISSN:1806-5023